"A Taça de Portugal é uma prova muito especial, historicamente marcada pela possibilidade de levar o melhor do futebol nacional aos quatro cantos do País. E foi precisamente para reforçar essa valente romântica que foi introduzida, há poucos anos, a obrigatoriedade de, na primeira eliminatória com clubes da Liga, estes jogarem fora de casa. É uma pena que esta porta, que em boa hora se abriu, esteja a ser fechada, por razões essencialmente económicas. Perde o espírito da Taça, perde o futebol.
Esta será, porventura, uma contrariedade benévola, quando comparada com a perversidade pantanosa em que o nosso futebol se movimenta.
O caso que opõe a Liga a Andreia Couto, que ontem teve óptima prestação televisiva, é o mais recente e só deverá conhecer desfecho em tribunal, mas outros, nomeadamente o da pirataria informática que vitimou o Benfica e consequente divulgação dos emails roubados, cavalgam a galope para um desenlace rápido.
O mesmo está a acontecer com o caso de Alcochete, este com desenvolvimentos que obrigaram o presidente do Sporting a uma abordagem mais conservadora das rescisões de Patrício e Gelson. Com guarda-redes (que mostrou uma fidalguia que devia ser reconhecida) as contas possíveis estão feitas; segue-se avançado, num contexto de mera gestão de danos, com os custos inerentes. O desafio que se coloca ao Sporting e aos sportinguistas é imenso, o próximo mês permitir-nos-á ter um retrato mais nítido da saúde financeira dos leões e, ao mesmo tempo, os resultados dentro das quatro linhas da equipa de José Peseiro temperarão humores, amores e desamores."
José Manuel Delgado, in A Bola
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