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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Quem tem unhas para guitarra do título?

"Budapeste foi prova superada e agora as atenções viram-se para a I Liga e para a nova realidade saída do mercado.

Numa semana marcada pelo fecho do mercado, Portugal foi ontem vencer a Budapeste, continuando na corrida pela entrada directa no Mundial da Rússia. Foi um jogo táctico, aborrecido, que será lembrado pela dureza dos magiares e pelo autocarro que mantiveram à frente da baliza e que obrigou a turma das quinas e um exercício de maturidade e paciência, que acabou por resultar em três merecidos pontos. Portugal teve a frieza que noutras alturas tem faltado, não se deixou engodar pelo espaço que os húngaros davam e devolveu o convite à equipa da casa, sem correr riscos. Terá faltado, pela acabar de uma vez por todas com as dúvidas, um segundo golo que várias vezes esteve para acontecer. Mas nunca faltou, a Portugal, nem o equilíbrio, nem o sentido táctico, um e outro fundamentais para uma equipa de topo. Agora, falta Andorra - numa deslocação com logística complicada e um piso ainda pior... - e a Suíça, equipa forte, habituada a marcar presença nos grandes palcos, que vai requerer a melhor versão dos campeões da Europa. Mas a riqueza do plantel, lusitano é uma realidade e há que acreditar...
No futebol doméstico já se sabe com linhas os clubes vão coser-se até pelo menos ao mês de Janeiro de 2018. Uma primeira nota para a verba impressionante conseguida pelo SC Braga, um clube que ao mesmo tempo que parece perder fulgor competitivo, está lançado na senda dos negócios. No seio dos três grandes, Sporting e FC Porto tiveram uma abordagem do mercado essencialmente desportiva, enquanto que o Benfica aproveitou este tempo para encaixar quase 120 milhões de euros. Consequência desta política, para os encarnados, é um plantel mais fraco que na época do tetra. Será suficiente para o penta? O tempo encarregar-se-á de esclarecer, mas não restam dúvidas de que as saídas de Ederson, Nélson Semedo e Lindelof não foram supridas com o mesmo nível de qualidade.
Já o Sporting - William acabou por ficar e ainda há a dúvida de Adrien - te um grupo vasto, como Jesus gosta, mas uma equipa ainda a carecer de muitas afinações e com um ponto fraco: ninguém para substituir Bas Dost em caso de necessidade.
Finalmente o FC Porto, com uma política inteligente, que parece ter a melhor equipa. Mas será que tem um plantel à altura?

(...)
ÁS
Isco (Maravilha)
Quando se ouve, nos estádios de Espanha, «Illa, illa, illa, Isco Maravilha», é sinal de que o jogador de Benalmádena, (pueblo ao lado de Torremolinos) pintou a manta. Foi isso que sucedeu no Espanha, 3 - Itália, 0: dois golos, um túnel para a eternidade a Verratti e uma exibição de encher olho! No Real? Isco e mais dez. Acabou a BBC.

DUQUE
Tamas Priskin
O avançado do Ferencvaros, que ontem agrediu Pepe com uma cotovelada e foi expulso, simbolizou uma selecção húngara pouco interessada em jogar futebol e mais vocacionada para o wrestling. Longe vão os tempos do fino recorte técnico dos magiares, que tiveram a melhor equipa do mundo na primeira metade da década de cinquenta...

Polémica inútil! Mas não foi só com o Sporting...
«O Sporting não pode admitir que estava preparado para vender William Carvalho. A nossa proposta foi feita (...) também por escrito...»
David Sullivam, co-proprietário do West Ham
O Sporting envolveu-se numa polémica estéril com o West Ham, a propósito da saída frustrada de William Carvalho para o clube londrino. Pouco interessante e nada importante, relevante é o facto do jogador continuar às ordens de JJ. Mas não foram só leões e hammers a andar de candeias às avessas. Barcelona e Liverpool também divergiam em relação a Coutinho. Who cares?

Catalunha cada vez mais longe de Espanha
A primeira página de ontem do diário desportivo 'Sport', de Barcelona, revela de forma cristalina a tendência independentista que germina na Catalunha. A vitória da Espanha (com Piqué, Alba, Busquets e Iniesta) sobre a Itália, valeu apenas uma nota de rodapé, reservando-se a manchete para o culé Dembelé...

Lobitos
Portugal está a disputar o Mundial B de sub-20, em râguebi, no Uruguai, e conta por vitórias os jogos que até agora disputou, contra a equipa da casa e Hong Kong. Segue-se a poderosa Fiji e um triunfo selaria uma presença histórica na final. Esta geração de 97, que se iniciou no râguebi quando Portugal disputava o Mundial de França, em 2007, tem talento às carradas mas irá, no futuro, pagar a factura da falta de estruturas da modalidade no nosso país. Para já, vive o sonho de entrar no top ten mundial, estatuto que ganha se, pelo menos, chegar à final de Montevideo..."

José Manuel Delgado, in A Bola

2 comentários:

  1. Ederson também nao estava a altura de substituir Júlio César, assim como o Semeado não chegava aos calcanhares do maxi,e o Lindelof não tinha experiência para fechar o lugar do Luisão e muto menos do Jardel, mas mesmo assim chegaram ao TETRA.
    A luta continua.

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