"1 - Esta pandemia permitiu a muitos atletas recuperar de lesões. Outros, a maioria, sem lesões treinou em casa, mas não é a mesma coisa. As rotinas foram quebradas e a sua reaparição é uma incógnita. Estou-me a lembrar de Chris Froome, que estava no limite para a sua recuperação depois de várias lesões graves, a pior com fractura do fémur e que agora pôde recuperar, pois, o Tour de France foi adiado para Agosto. Federer também bem de uma artroscopia ao seu joelho, contudo estava pronto para Wimbledon, mas o seu cancelamento foi um enorme revés na programação da sua temporada e no piso que mais gosta, a relva.
Esta luta contra o tempo de jogadores mais velhos, a pandemia, por um lado, permitiu-lhes descansar, mas por outro, já não têm muito tempo para chegarem a grandes vitórias e títulos.
2 – Ronaldo que não tinha lesões, está habituado nos tempos de paragem a exercitar-se e a tratar do seu físico. Estou convencido que virá com ganas de brilhar. Ter estado parado é mais difícil retomar os níveis de massa muscular e força. Para ele não me parece que seja um problema, esta paragem até o vai beneficiar, apesar dos seus 35 anos.
Contudo para outros jogadores esta situação torna-se complicada, o exercício é muito limitado dentro de casa. Depois de uma paragem tão grande, de repente, ter que se pôr em forma não é para todos.
Vai ser aliciante ver como os jogadores reagem a toda esta situação. A dosificação do esforço será a solução para evitar lesões. No fundo os jogadores vão estar, de novo, em pré-época.
A paragem foi prolongada. Mas agora com a quantidade de jogos em pouco tempo vai ser electrizante. Como se costuma dizer, "não há fome que não dê fartura".
3 - Nunca nos podemos esquecer, que o futebol vai voltar não porque os jogadores manifestem essa vontade, mas porque o negócio assim o exige e todo o dinheiro envolvido à sua volta. Esta pandemia, com as suas dificuldades inerentes, fez com que uma parte da sociedade criticasse o dinheiro que os futebolistas ganham, por exemplo, em relação aos médicos, cientistas e epidemiologistas. Convém não esquecer que os futebolistas mais sonantes fizeram doacções de grandes somas."
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