"Um certo jornalista estrangeiro discutia com um chefe de redacção português o tema Rui Pinto. O chefe de redacção português insistia que Rui Pinto era uma espécie de whistle blower do futebol europeu e que não poderia de maneira nenhuma ser deixado para trás, sem protecção. O jornalista estrangeiro perguntou-lhe então se ele achava bem que informação privada de clubes fosse tornada pública e se isso não seria considerado concorrência desleal. O chefe de redacção defendia que não havia concorrência desleal, porque concorrência desleal já existia antes através de todos os actos ilícitos praticados por certos clubes. O jornalista perguntou-lhe que actos ilícitos seriam esses, já que por toda a Europa o que foi tornado público não metia em causa o jogo dentro das quatro linhas. O chefe de redacção engasgado tentou justificar esta ideia e falou-lhe do trabalho fantástico de Francisco J Marques que trouxe credibilidade ao futebol português. O jornalista não sabia quem era Francisco, e perguntou-lhe. O chefe de redacção explicou, que Francisco e a sua estrutura foram cruciais no apuramento da verdade e contribuíram para a credibilização do futebol português.
O problema é que o jornalista, italiano, habituado a investigar escândalos conhecia bem o passado do futebol português. Um passado não muito longínquo que não encaixava nesta linha de pensamento do chefe de redacção. Admirado perguntou-lhe então, qual teria sido o clube que foi condenado por corrupção, sancionado com subtracção de 6 pontos e que viu o seu presidente suspenso por 2 anos, e mesmo assim aceitou o castigo e não recorreu?
O chefe de redacção não respondeu, mas ele sabia a resposta. Um whistle blower jamais será alguém ligado a uma estrutura com um passado obscuro. Um whistle blower é independente, não assume esse papel para proveito próprio ou de terceiros."
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