"Os benfiquistas, pelo menos alguns, vivem tempos de angústia. Entre certezas e dúvidas, casos como as possíveis partidas de Maxi, Gaitán, Jonas ou Lima constituem, depois da saída de Jorge Jesus, um autêntico desespero.
Nada de mais. Como se viu no FC Porto, equipas vencedoras têm de ser desmembradas: porque se completam ciclos, porque é preciso realizar mais-valias, porque não se podem 'cortar as pernas' a jogadores que tentam fazer um último contrato melhorado, que lhes garanta o futuro.
Por outro lado, a chegada de outro treinador sempre agita as águas. Vem à tona o inevitável 'modelo de jogo', que talvez implique uma aposta nas alas, maior consistência no miolo, um número 10 mais criativo, uma dupla de pontas-de-lança, dois trincos, três centrais e só não dois guarda-redes porque os regulamentos não o permitem. Enfim, a mudança dispensa muita gente e tira outra tanta da zona de conforto, mas é com ela que as coisas avançam e o futuro começa. E não existe mudança que não traga alguma instabilidade.
A hora da verdade impõe ao Benfica - e eu diria ainda mais a outros - diminuição da despesa e controlo apertado de tudo o que não seja essencial para comprar melões. Mas a experiência de gestão da era LF Vieira dá garantias de que se privilegiará o investimento inteligente, que é aquele que pode conduzir ao sucesso desportivo sem dar cabo do equilíbrio das contas.
A incerteza criada com a contratação do novo técnico, a quem foi atribuída a difícil missão de substituir um colega carismático e que apresentou resultados, é normal. Problema seria se a estrutura que o amparasse fosse amadora e não lhe desse os meios de que necessita para ser bem sucedido."
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