"Continua a saga de descrédito da Taça da Liga (TL) na razão directa (mas desproporcionada) dos derrotados.
Os mesmos que dão um absoluto crédito à Supertaça na razão directa (mas desproporcionada) das vitórias.
Comparemos a TL com a Supertaça: naquela estão todos os clubes principais que, quase sempre, só atingem a final depois de deixar pelo caminho um forte rival. É certo que não dá acesso a uma competição europeia, tal qual a Supertaça.
Esta resolve-se com um jogo na pré-temporada que, às vezes, é entre o campeão e o... derrotado da Taça de Portugal.
Apesar da crise de patrocínios, é a TL que ainda dá um razoável retorno relativo, sobretudo para os clubes mais modestos.
Há quem chame à TL os mais despeitados nomes: Taça LB (falando de árbitros, porque não os Campeonatos Martins dos Santos, Calheiros, Manuel Vicente, etc.?), Taça Negra (?), Taça da Cerveja (creio que da mesma marca de alguns Campeonatos...), Taça Intercalar, ou amnesicamente, «aquela-taça-de-que-não-me-lembro-do-nome».
Voltando à Supertaça recordo-me de, em 1994, nas Antas, perto do fim, ter sido anulado um golo limpo a Amaral que dava ao titulo ao SLB.
Porque não a Supertaça DR (Donato Ramos)?
No sábado, o SC Braga foi um vencedor com merecimento num bom jogo de futebol entre duas equipas que respeitaram a dita Taça. Mas, se em vez do Braga tivesse sido o Benfica, lá teríamos um novo nome - Taça Capela - após a versão do penalty (sem espinhas) protagonizada pelo treinador dos vencidos.
Afinal não havia outra. A TL é a mesma. Tanto que, este ano, os anti-TL lá tentaram almejar tão renegado e marginal título pela via jurídico-administrativa."
Bagão Félix, in A Bola
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