"Vitória do Benfica na 1ª mão condicionou reencontro com Paços de Ferreira.
Com a Taça nesta fase a assumir-se ambidestra, a atribuição do passaporte para o Jamor passou a ter um prazo mais dilatado, dependendo agora de 180 minutos de discussão (pelo menos), pelo que só ao 2.º jogo, a tal 2.ª mão, é que o caso pode ser tido por encerrado. Mas, depois do triunfo do Benfica no terreno dos pacenses (2-0), fez agora dois meses (!), poucas dúvidas restavam quanto ao desfecho da eliminatória. Mesmo levando em conta aquela insólita "remontada" levada a cabo pelo FC Porto. Afinal, para aviso já chegava.
Para o encontro da Luz, as duas formações apresentaram-se em força, mas - ficou à vista - sem força nenhuma. Foi um jogo morno, sem grandes rasgos nem correrias, com Benfica e Paços a pensaram sobretudo na Liga e nas posições que ambos nela ocupam e não querem perder. Dir-se-ia que os dois estavam conformados com a sorte que o Destino lhes traçara para esta edição da Taça, pelo que "arriscar" foi palavra desde logo banida dos respectivos prontuários.
Jogando em casa, o Benfica controlou o jogo desde o seu início, por isso se entendendo um maior índice ofensivo, em relação a um adversário concentrado na zona do miolo, com saliência para Josué, mas sem capacidade de explosão lá na frente. Já o Benfica, igualmente com argumentos de peso no meio campo (Salvio, Enzo e Gaitán), não deixou de se revelar mais perigoso no ataque, onde a dupla Cardozo-Rodrigo ganhava facilmente em visibilidade ao isolado e desprotegido Poulson, no lado contrário.
Esta diferença acabaria por se fazer sentir nos lances de maior apuro e se é verdade que Hurtado teve excelente oportunidade para desfeitear Artur, não é menos certo que o Benfica soube "cobrir a parada", ao registar, nas duas partes, uma bola no poste e outra no fundo da baliza, ambas com a assinatura de Cardozo. O resultado podia ter conhecido imediata alteração se de um lado e de outro tivesse havido então maior acerto ou empenho. Mas, com tudo consumado, em matéria de apuramento já se vê, a velocidade de cruzeiro manteve-se, apesar das entradas de Lima e Ola John, nos da casa, e de Caetano, nos que a visitaram.
Seria, porém, Cícero quem acabaria por revolucionar o jogo. Rápido e poderoso, o ponta de lança pacense entrou a 20' do fim e fez um golo, se bem que por gentileza de Maxi, ao oferecer-lhe a bola em zona proibida. Mesmo assim, o recém-entrado pregou uma "catilinária" a Garay para se enquadrar com a baliza e bater Artur. E nisso teve grande mérito. Era o empate, um resultado algo enganador - o Benfica mesmo a meio gás foi superior - mas sempre digno de registo por haver sido conseguido na Luz. A sua eficácia acabou, contudo, por se diluir no tal 0-2 da "première". Segue-se o Jamor."
Já está...
ResponderEliminarAbraços
Muito obrigado, abraço
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