"Esta velha discussão da mão na bola ou da bola na mão começa a ser patológica.
O Campeonato - sei que é Liga, mas nunca simpatizei com o nome - vai ser decidido por detalhes. Benfica e Porto surgem no último terço do dito, apostados no último terço do meio-campo dos oponentes. Verdadeiros irmãos siameses numa luta binomial disputadíssima. Com estilos bem diferentes, mas até agora igualmente eficazes. Olhamos para Inglaterra, Espanha, Alemanha, Itália e é mais ou menos fácil designar o vencedor dos respectivos campeonatos, tal a diferença de pontuação. Aqui o suspense do vencedor é o que alimenta um torneio que vê, por exemplo à 20.º jornada, um outro grande, o Sporting, a uma distância inimaginável de 30 pontos e apenas a poucos da 'linha de água'!
Neste contexto, qualquer falha poderia ter consequências macroscópicas. As dos técnicos, dos jogadores e dos árbitros. Todo o cuidado é pouco para preservar a essência da verdade, se é que esta existe no meio da emoção e dos interesses, por vezes obscuros, do desporto.
A propósito, bom seria que essa coisa dos penalties por causa da anatomia braçal ou manual tivesse um critério uno e não permitisse julgar ao sabor do subjectivismo, por vezes amiguista, de quem decide. Esta velha discussão da mão na bola ou bola na mão, da intencionalidade ou intensidade, do à queima-roupa ou não, começa a ser obsessiva ou mesmo patológica, consoante o olhar mais ou menos enviesado de cada qual. Bom seria que houvesse a aproximação a um critério o mais objectivo possível para marcar ou para não marcar penalty. Prefiro um critério estúpido mas objectivo do que um critério sofisticadamente inteligente mas vulnerável à interpretação casuística ou batoteira."
Bagão Félix, in A Bola
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