"Benfica vence (3-0) e reduz desvantagem nos golos.
É sempre olhado com grande desconfiança o jogo para o Campeonato que se segue a uma noite europeia. O desgaste a que esta por norma obriga aconselha um teste moderado, daqueles de não "fazer faísca", de forma a não trazer muito à superfície o cansaço acumulado. Ora, não era bem essa a situação no caso presente, já que o adversário dava pelo nome de Paços de Ferreira, que, como grande revelação da época e detentor do 3º lugar da tabela, não prometia as facilidades desejadas.
Face ao exposto, entendeu o Benfica resolver cedo o assunto e não estar à espera que quaisquer acasos o fizessem por ele. Entrando num 4.1.3.2, um luxo a que se podia abalançar, dado o regresso de Matic para as tarefas de contenção, a equipa pressionou forte de início e logo daí retirou dividendos, chegando ao golo (Enzo, 7'), após jogada envolvente do seu ataque.
As pretensões do Paços em prolongar o 0-0 e, com isso, pressionar o opositor desvaneceram-se por completo, já que, da admissível contenção com que de início terá encarado o jogo, a atitude passou a ter que ser mais participativa no ataque, sem que o visitante revelasse, contudo, maiores argumentos para a levar a cabo.
Grande responsável por tal facto foi a própria dinâmica do miolo da casa, com Salvio e Ola John nas alas e Matic e Enzo nos vértices a meio terreno, este último no apoio à dupla atacante Lima-Cardozo. Um quarteto que chegou, assim, para estancar os propósitos ofensivos dos pacenses, onde a acção inconformada de André Leão, bem acolitado por Vítor e Luis Carlos, se revelou insuficiente.
O golo da tranquilidade só surgiria no 2º tempo, mas Jesus viu-se obrigado a refrescar a equipa ao intervalo, com a troca de Enzo por C.Martins e não teve de esperar muito para confirmar a razão de ser de tal alteração. Logo no recomeço, Cardozo, que já espreitara o golo (teve uma bola no poste, ainda na 1ª parte), fez o 2-0 e, a partir daí, o Benfica pôde descansar e começar a pensar já na Taça da Liga, próxima etapa desta corrida alucinante.
Cardozo e Ola John foram os outros dois poupados (entraram Gaitán e Aimar), numa altura em que a palavra de ordem era gerir o resultado e a condição física de cada activo. Mesmo assim, já em fase de descompressão, o Benfica ainda chegaria ao 3-0 (Salvio, 84') e, de novo, em lance com a participação de vários jogadores, desde o arranque de Maxi ao toque final de Salvio, já depois da bola ter sido colocada lá dentro por Lima, após passe de Aimar. Tudo isto com a defesa do Paços a ver em que paravam as modas.
Em resumo, vitória indiscutível do Benfica, que soube resolver o problama sem recorrer a horas extraordinárias, como sucedeu frente à Académica. Mas do Paços, com tão bons executantes, também se esperaria muito mais, sobretudo no ataque, cuja modéstia permitiu uma noite tranquila a todo sector defensivo encarnado."
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