"Arrumado o jogo com o Boavista, e dele extraído o que mais impacta na narrativa da equipa do Benfica na Liga Bwin 2022/23, constatam-se os 56 pontos acumulados em 21 jornadas, olha-se para diante, pensa-se no que o calendário reserva e, sinceramente, o que mais apetece afirmar é que 'só' faltam 12 vitórias para que o título nacional possa ser celebrado. Cinco pontos de vantagem sobre o 2.º classificado à entrada para a 22.ª ronda, 39 pontos por discutir e atribuir...
As contas são simples de fazer, mas os adversários - os visíveis e os 'encapotados' - tornam, a cada jogo, muito evidente que, aconteça o que acontecer na caminhada europeia no âmbito da Liga dos Campeões, será impossível afrouxar a intensidade, a concentração, a determinação ou, em suma, a competência global em qualquer um dos compromissos no Campeonato. Sem excepção!
Dias antes da deslocação a Vizela, o desafio com os axadrezados confirmou o amparo e o entusiasmo da massa adepta benfiquista em torno da equipa treinada por Roger Schmidt (mais de 55 mil espectadores deram a vida e majestoso colorido às bancadas do Estádio da Luz, outra vez!), mas favoreceu igualmente o sentimento e a avaliação de que alguns critérios de arbitragem e de videoarbitragem na análise de lances fora e dentro da grande área carecem de urgente revisão e calibragem.
No primeiro e no segundo tempo do jogo, as oportunidades de golo criadas foram mais do que muitas, ou mais do que suficientes para que o Benfica se pudesse autoproclamar vencedor bem antes de se entrar na dezena de minutos finais. Os golos que consubstanciam o triunfo surgiram depois do minuto 80, naquele período em que os ritmos cardíacos vão ao limite e em que só os mais fortes e mais bem preparados fazem prevalecer a razão sobre a emoção.
O tempo corria, mas, no relvado, a mensagem transmitida pela equipa era, desde o pontapé de saída, só uma e sempre a mesma: ataque, criar, marcar e ganhar. O golo, ou os golos, tinha(m) de acontecer. Essa positividade, que mais uma vez esteve latente, configura um dos traços mais vincados da equipa valorizada e transformada, na sua matriz, pelo treinador alemão, e que tanto cativa a plateia. A dificuldade potencial não será menor neste sábado em Vizela, onde o líder tem de continuar abraçado ao registo que melhor o identifica e caracteriza para se impor, vencer outra batalha e contornar o que não controla."
João Sanches, in O Benfica
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