"É preciso pensar todas as coisas, descobrir como podem minorar os problemas do planeta e das pessoas, mas também como podem potenciar a evolução e o progresso de todos nós. Por isso pensar o futebol em todas as suas dimensões e potencialidades é uma óptima ideia num tempo tão desafiante como o que vivemos. É certo que na história todos os tempos foram desafiantes à sua maneira para que os viveu, mas a verdade é que na escala planetária e a globalização colocam desta vez problemas e desafios de uma magnitude nunca antes vista. Felizmente não é menos verdade que a ciência e a tecnologia evoluíram a tal ponto, que se podem tornar uma vez mais os nossos melhores aliados desde que saibamos corrigir o seu mau uso. Há, no entanto, um velho desafio, também global, que resiste ao devir dos tempos e que parece eternizar-se: é o desafio da pobreza, da injustiça e da exclusão. É o desafio social, aquele em que teimam em persistir as desigualdades no acesso aos recursos e às oportunidades. Aquele que as sociedades quase ignoram, mas de onde eclodem continuadamente conflitos, guerras e perturbações da paz social. Em tudo isto o futebol pode e tem uma palavra a dizer como grande jogo das paixões que é. Mas também como indústria global, capaz de arrastar multidões, de gerar riqueza e de proporcionar aos povos ambientes competitivos saudáveis, reforçando a sua identidade e convivência pacífica, construindo paz. É que em tempo de guerra não se limpam armas, e o futebol social é, de facto, uma arma poderosíssima!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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