"Há um ano, estava aqui a escrever exactamente o mesmo: o lugar do Benfica é na Liga dos Campeões. No entanto, o cenário é agora bem diferente. Na época passada, para o Benfica estar na Champions, Roger Schmidt tinha obrigatoriamente de ficar de fora. Neste momento, todos queremos ver o treinador alemão na fase de grupos da prova milionária, porque só dessa forma poderemos ouvir tocar o célebre hino no Estádio da Luz.
Não consigo ser hipócrita: a paixão e a vontade de vencer nunca se alteram, mas sabe melhor apoiar um Benfica com Roger Schmidt sentado no banco de suplentes do que com Jorge Jesus. Confesso que conhecia pouco do nosso novo treinador para além do banho de bola que o PSV nos deu durante grande parte da eliminatória de acesso aos grupos da Champions há um ano - aquela onde o Vlachodimos foi um verdadeiro herói, com múltiplas defesas que tanto despertaram em mim uma vontade gigante de dar-lhe um beijo na boca como nem sequer fizeram por merecer um 'da cá mais cinco' da parte de Jorge Jesus.
Admito que seja perigoso precipitar avaliações ao trabalho de Schmidt no Benfica, mas seria desonesto se não reconhecesse com este registo 100% vitorioso já espreitei a quanto andam os preços de uma noite em Istambul no início de Junho, onde curiosamente se vai disputar a final da Liga dos Campeões. O entusiasmo e a tentação de pensar alto diante de momentos positivos é natural, mas deve também ser um sinal de alerta. Vamos já com calma e pés no chão. Temos de fazer um esforço para não embandeirar em arco como aqueles adeptos que já andam a ver os preços de estadias em Istambul a pensar na final da Liga dos Campeões."
Pedro Soares, in O Benfica
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