"A comemoração do bicampeonato europeu terminou com um desmaio de Ângelo, assistido pela polícia holandesa
A final da Taça dos Clubes Campeões Europeus 1961/62 realizou-se a 2 de Maio de 1962, em Amesterdão. Este encontro colocou
, frente a frente, Benfica e Real Madrid. Os encarnados queriam reforçar a sua superioridade com a conquista do bicampeoanto. Os merengues, que tinham vencido as cinco primeiras edições da prova, queriam recuperar a hegemonia europeia que haviam perdido.
, frente a frente, Benfica e Real Madrid. Os encarnados queriam reforçar a sua superioridade com a conquista do bicampeoanto. Os merengues, que tinham vencido as cinco primeiras edições da prova, queriam recuperar a hegemonia europeia que haviam perdido.
Os dois golos de Puskas logo no início da partida colocaram o Real Madrid em vantagem, mas o Benfica rapidamente chegou ao empate, com golos de José Águas e Cavém. Ao intervalo, Puskas tinha marcado mais um golo para os merengues, que mantinham a vantagem, por 3-2. Na segunda parte, Coluna fez o empate e Eusébio bisou, garantindo a vitória benfiquista por 5-3.
Quando soou o apito final que confirmou a conquista do bicampeonato europeu, houve uma invasão de campo que juntou jogadores e adeptos numa comemoração sem precedentes. No encanto, nem todos os jogadores comemoraram da melhor forma possível: 'com Ângelo aconteceu algo de dramático, pois o defesa benfiquista foi derrubado na escada da cabina e pisado até perder os sentidos'. Foi a rápida ação da polícia holandesa que permitiu 'esconder' o jogador numa cabine telefónica e embrulhá-lo num cobertor, para que fosse possível transportá-lo através da multidão até ao balneário da equipa benfiquista. 'E foi já quando se bebia «champagne» pela enorme taça conquistada que entraram nos vestiários quatro sólidos polícias transportando um bizarro volume embrulhado em cobertores. Com o ar mais gentil deste mundo, depuseram a sua carga sobre a mesa de massagens e destaparam... o corpo inanimado de Ângelo!' Quando recuperou os sentidos, o jogador reagiu à preocupação dos colegas dizendo: 'o velhote do Ângelo não morre tão cedo. Ainda hoje caíram cinquenta em cima dele e já está aqui pronto para outra'.
Ângelo evidenciou-se pela sua inteligência na defesa, esperando o momento certo para desarmar os adversários, e no jogo da final, frente ao Real Madrid, destacou-se pela antecipação aos lances de Tejada.
Saiba mais sobre a conquista europeia na área 12 - Honrar o País no Museu Benfica - Cosme Damião."
Marisa Manana, in O Benfica
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