"Aquelas 12 pessoas que, no fim de semana passado, vieram in loco a conquista do novo campeonato nacional de voleibol masculino, somos nós Cada um daqueles 12 indivíduos que puderam estar presentes nas bancadas do Pavilhão do Complexo Desportivo Vitorino Nemésio, na Ilha Terceira, representa cada benfiquista que genuinamente vibra e sofre com as vitórias e as não-vitórias do Sport Lisboa e Benfica.
A pandemia transformou tudo, e os adeptos desportivos continuam a não poder apoiar as suas equipas nos pavilhões, nos estádios ou nas pistas da imensa maioria do nosso país. A exceção, para já, é a região autónoma dos Açores, e foi justamente lá, na Praia da Vitória, que aconteceram os segundo e terceiro jogos da principal divisão masculina de voleibol. Benfica e Associação de Jovens da Fonte do Bastardo, actualmente as duas melhores equipas da modalidade, em Portugal, puderam jogar com público.
Na dança dos bilhetes, uma dúzia sobrou para adeptos do SLB, encabeçados pelo presidente da Casa do Benfica da Ilha Terceira, José Duarte Nunes. Perdoem-me os e as restantes 11 Benfiquistas - assim mesmo, com B maiúsculo - por não saber o vosso nome, mas acreditem que todos nós, anónimos adeptos, sentimos e partilhamos a vossa paixão em cada ponto ganho, em cada set conquistado, e no final, na festa possível.
Todos temos saudades de apoiar os nossos atletas e a equipa, qualquer que ela seja, independentemente da modalidade, do género ou da idade. O que aconteceu no sábado e no domingo passados nos Açores foi um elixir em tempo de doença, uma saudade boa de quando o podíamos fazer livremente. Cada um de vocês ali, a puxar, a gritar, a festejar, foi mesmo como se tivesse sido eu. Obrigado por terem lá estado em nosso nome."
Ricardo Santos, in O Benfica
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