"A nossa brilhante equipa de voleibol arrasou nos playoffs para decisão do título nacional e, com uns claros 3-0, 3-0, 3-0, despachou com eloquência e sem apelo os açorianos da Fonte do Bastardo. Já nas meias-finais, diante do Sporting, após um apertado 3-2 no primeiro jogo, não mais os comandados de Marcel Matz cederam qualquer parcial. Não restaram, pois, quaisquer dúvidas acerca de qual a melhor equipa portuguesa da actualidade. Este foi o sexto título encarnado nos últimos oito possíveis, o que é também definidor da hegemonia que o Benfica tem conseguido materializar no vólei português.
Porém, ao contrário do que seria natural numa final como esta, a taça não foi entregue. Não esteve presente ninguém da Federação, segundo o seu responsável máximo, porque: 'nesta altura, não faria sentido andar com a taça de um lado para o outro'.
Ora, as equipas andaram de um lado para o outro, os árbitros também, e não se percebe qual o drama de fazer deslocar um funcionário com o troféu para a eventualidade de ali haver campeão - o que, aliás depois do resultado do segundo jogo, parecia bastante expectável. De resto, até houve público nas bancadas, e deixo aqui um aplauso especial para a Casa do Benfica da Terceira, que nunca faltou com o apoio à nossa equipa.
A FPV revelou, com este episódio, um tremendo amadorismo, que contrasta com o rigoroso trabalho que jogadores e técnicos hoje executam nas principais equipas. E faltou ao respeito, não só ao Benfica, também à Fonte do Bastardo, ao próprio voleibol, mas sobretudo aos Açores e aos açorianos - tratando-os como portugueses de segunda."
Luís Fialho, in O Benfica
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