"Haris Seferovic foi o décimo segundo benfiquista a vencer a Bola de Prata, troféu instituído por A Bola na época de 1952/20153, juntando-se a nomes importantes como José Águas, José Torres, Eusébio, Artur Jorge, Jordão, Nené, Vata, Magnusson, Rui Águas, Cardozo e Jonas.
No êxito do ponta de lança suíço, elemento descartável do plantel do Benfica no início da época, é possível perceber como o futebol e as verdades absolutas se dão tão mal, e reflectir sobre a velocidade alucinante a que as circunstâncias se alteram.
A inesperada (e justa) ascensão de Seferovic ao trono dos melhores marcadores da Liga portuguesa remete-nos também para uma reflexão sobre o valor de mercado de um jogador, uma ficção apenas aplicável a um determinado momento. Quanto valia Seferovic há um ano e quanto vale agora?
Perante o quadro acima descrito, como devem movimentar-se os clubes no mercado? Deve prevalecer a lógica bolsista de vender em alta e comprar em baixa? Ou, não estando presentes critérios de necessidade desculpante, haverá outro tipo de avaliação, que pense mais no valor do todo do que em cada parcela?
A melhor gestão, no futebol e não só, é aquela que consegue que o valor do conjunto supere o valor da soma das unidades. Por isso, não há medidas com alcance e visão que apenas tomem em conta cada árvore, e esqueçam a floresta. Construir uma boa equipa de futebol não tem a ver com sorte, tem a ver com saber, método e convicções fortes, num determinado rumo a seguir. O dinheiro é importante? Claro que sim. Mas a estabilidade e competência são ainda mais..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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