"Na primeira-mão dos quartos da Liga Europa, a Luz assistiu a uma exibição absurda de João Félix. Não foram só os golos que marcaram a magnifica exibição do prodígio português, a inteligência dos seus movimentos e a sua qualidade técnica contribuíram para uma noite especial e de apresentação à Europa do Futebol. Ofensivamente, Lage preparou a equipa para ferir o Frankfurt que até entrou melhor nos minutos iniciais do encontro.
“Jogamos sem avançado. (…) O nosso primeiro golo é demonstrativo daquilo que queríamos para este jogo. Entradas verticais do Gedson que foi o jogador mais importante da nossa dinâmica ofensiva.”
Bruno Lage
Uma das nuances estratégicas que o Benfica trouxe para este jogo foi a colocação de Gedson ao lado de Félix como falso avançado. Com isto, o treinador encarnado pretendeu que, Gedson Fernandes atacasse a profundidade, enquanto que, João Félix se movimentava nas costas dos médios adversários. Esta dinâmica permitiu chegar ao primeiro golo e a um número elevado de oportunidades de golo.
“Teríamos que aproveitar aquilo que o sistema do adversário nos dava: a Largura. Quando chegássemos à largura, procurar o jogo interior.”
Bruno Lage
No dia de ontem, trouxemos o Modelo do Frankfurt. Sugerimos a alteração da Rota Ofensiva encarnada para criar constrangimentos no momento defensivo da equipa alemã, uma vez que, a equipa de Adi Hütter montava um quadrado para fechar a entrada por dentro na construção adversária. Seria, portanto, fundamental iniciar a construção por fora para evitar perdas na construção. Assim foi!
O Benfica iniciou a construção pelos corredores laterais para enganar o adversário para, numa fase posterior, voltar dentro e entrar no espaço entre-linhas tal como aconteceu no lance do segundo golo e em outras tantas situações. Principalmente após a expulsão, o Benfica foi ligando com facilidade a sua construção pelos três corredores, uma vez que, até ao seu segundo golo, o Frankfurt manteve-se pressionante sobre a construção encarnada. Bastava ligar num corredor e sair dele para desposicionar a linha média do Frankfurt e criar desequilíbrios, explorando o corredor contrário.
No Alto Rendimento, com jogos de 3 em 3 dias, o trabalho semanal deve ser orientado para o adversário seguinte. Nesse curto espaço de tempo, observa-se o adversário, identifica-se pontos fortes e pontos fracos e trabalha-se em função deles para chegar ao jogo e lhes criar constrangimentos. Há uns tempos, referia-me à importância da variabilidade nos posicionamentos, isto é, de mudar posicionamentos em função do adversário, no entanto, mais do que isto, é fundamental ter variabilidade nas dinâmicas. Ir fora para acelerar dentro, ir dentro para acelerar fora, atrair a um corredor e ligar com o outro. O Benfica de Lage têm sido isto. Observar – Analisar – Recuperar – Preparar Estratégia – Jogar com uma variabilidade incrível de dinâmicas!"
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