"Estratégia e actuação de João Félix fizeram a diferença, mas a eliminatória está em aberto
Félix em jogo memorável
1. Uma grande noite europeia do Benfica, mas tanto ou mais uma noite de sonho de João Félix, que fez algo rato para um miúdo de 19 anos: marcar três golos na Liga Europa, ao Eintracht Frankfurt! O telefone de Luís Filipe Vieira não vai parar depois da exibição deste jovem cheio de talento, que teve a capacidade para ser o pensador de jogo, o criativo e ainda o número 9, o finalizador. Esteve nos quatro golos, marcou três à sua conta, e podia ter estado no quinto, com aquele passe a isolar Seferovic. O suíço só não fez o 5-1 - que talvez fechasse logo aí jogo e em parte a eliminatória - dada a enorme defesa de Trapp.
Lage sabe gerir como poucos
2. É a segunda referência de uma noite europeia que também foi muita sua, ao fazer uma gestão segura do plantel. Há uma hierarquia de objectivos e ele não esconde que o campeonato é prioritário. É uma gestão de recursos humanos que deve ser realçada, já que consegue ter todos os seus jogadores disponíveis e eles responderem da melhor maneira sempre que são chamados a jogo. Têm o chamado compromisso de equipa. O que é trabalho de casa do treinador, cuja estratégia foi determinante surpreender o Eintracht, ao deixar Seferovic no banco e a não dar nenhuma referência no ataque aos centrais da equipa alemã! Ele jogou num 4x2x3x1 híbrido - recuperado para 4x4x2 quando entrou Seferovic o adversário e confundiu o técnico Hutter.
Cinco golos da formação
3. Num jogo em que também brilharam, entre outros, Grimaldo (que parecia surgir do além a provocar desequilíbrios) e Samaris, destaque para os quatro golos apontados por dois jovens da formação dos encarnados: João Félix (também da formação dos dragões) e Rúben Dias. E do outro lado um dos golos a ser de Gonçalo Paciência, da formação do FC Porto. O que é um bom sinal para o futebol português.
Alemães terão de se expor
4. Dois golos de vantagem são sempre dois golos, mas o Eintracht provou que é uma equipa de qualidade e o seu treinador Adi Hutter alguém que não desiste de atacar mesmo quando estava em desvantagem numérica. Também não é menos verdade que no segundo jogo, em Frankfurt, a equipa alemã vai ter de se expor e o Benfica pode tirar partido das transições para marcar golos."
Vítor Manuel, in A Bola
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