"O sismo de 4,9 na escala de Richter teve epicentro em Arraiolos, mas o abanão sentiu-se mais no Estoril. A equipa idolatrada e protegida por uma fatia alinhada de comunicação social foi para o intervalo a perder por um a zero com o Grupo Desportivo Estoril Praia e lá encontraram uma fissura na bancada para que o jogo não continuasse. Há noites assim, em que nada sai bem a uma equipa, em que os falhanços se sobrepõem à eficácia, em que um livro junto à bandeirola de canto se transforma num golaço - e todos tentam esconder as responsabilidades do guarda-redes que o sofreu.
Chegou o intervalo e a invasão de campo pacífica. E ainda bem que assim foi.
Evitou-se uma possível tragédia e isso é o que mais importa. Não houve respeito pelos adeptos, já que ninguém informou os presentes sobre o que se estava a passar, mas fica, no entanto, a questão: mas por que raio o jogo não continuou? O estádio não estava lotado, dava perfeitamente para encaminhar os adeptos da bancada defeituosa para outras áreas do recinto desportivo. A vistoria até foi efectuada, mas parece que alguém não estava com vontade de continuar o jogo que caminhava para a derrota.
Ficaram para 21 de Fevereiro - mais de um mês depois - os 45 minutos que faltam a esta partida. E está tudo normal.
Até já falam de possibilidade de o Estoril perder o jogo na secretaria por falhas na estrutura do Estádio.
A terra tremeu na segunda-feira e ainda bem que não houve vítimas. Os habitantes do Sul e do Centro de Portugal sentiram o abalo, mas é na ruinosa Torre das Antas que as réplicas se estão a fazer sentir. Faltam 45 minutos para a possível derrocada."
Ricardo Santos, in O Benfica
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