"Benfica deixou o jogo correr na segunda parte e com os golos sofridos, suou até final
Petit foi audaz
1. Foi um Belenenses SAD personalizado e com uma ideia de jogo extremamente positiva e audaz que se apresentou na Luz. Apresentando um sistema em 3-4-3 a atacar e defendendo em 5-4-1, mas posicionado num bloco médio alto de forma a surpreender e pressionar a primeira fase de construção do Benfica, conseguiu criar um certo desconforto ao seu adversário, aliando essa agressividade defensiva a uma boa circulação de bola, procurando a capacidade de Licá atacar a profundidade da defesa contrária.
Silvestre Varela, de livre directo, criou a primeira oportunidade do jogo proporcionando uma grande defesa a Vlachodimos, deixando o alerta que não iria ser uma noite descansada para as hostes encarnadas.
Génio à solta
2. Até que à passagem da meia hora, como se alguém tivesse esfregado uma lâmpada mágica, soltou-se o génio chamado Adel Taarabt, que através da sua irreverência e fantasia concedida a Vinícius mais um desejo e carimbava com a sua assinatura o 2-0. Taarabt é um daqueles jogadores onde nem todos os treinadores conseguem chegar, são diferenciados, diferenças essas que podem elevar um atleta ao Olímpo ou a fazer autênticas travessias no deserto em busca do seu rumo. Lage teve esse dom de descobrir a lâmpada mágica e libertar o génio adormecido do marroquino.
Velocidade de cruzeiro
3. Inconscientemente ou não, o calendário infernal que o Benfica irá ter nas próximas semanas parece ter pesado numa segunda parte que, após os primeiros dez minutos, foi deveras intermitente.
Uma equipa a deixar o jogo correr, com menos intensidade na transição defensiva e na reacção à perda da bola faziam adivinhar o que viria a acontecer com o golo do Belenenses SAD aos 70 minutos. No entanto, a resposta com golo de Chiquinho logo a seguir fazia pensar ter sido apenas um susto.
Puro engano, a equipa azul não baixava os braços e através de uma grande penalidade por Licá reduziu novamente para a margem mínima, obrigando o Benfica a suar até ao fim para garantir os 3 pontos. E são três pontos importantíssimos, que lhe permitem encarar o embate no Dragão com a vantagem mínima de sete pontos adquirida antes deste jogo.
Inconformismo pelos Varelas
4. Num jogo emotivo com cinco golos, pincelados de incerteza pela resposta final do conjunto azul, importa sublinhar os desempenhos muito competentes e valentes de Nilton Varela e do seu tio, o experiente e consagrado Silvestre Varela. Indiferente à sua juventude num palco como o da Luz, o primeiro a deixar sinais bem promissores, ao passo que o antigo extremo do FC Porto provou que tem muito a dar a esta equipa de Petit.
Do lado do Benfica, tendo-se já referido o papel cimeiro de Taarabt, o brasileiro Carlos Vinícius manteve o pé quente e repetiu papel determinante, a marcar e a assistir Chiquinho no 3-1."
Filipe Martins, in A Bola
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