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terça-feira, 5 de março de 2019

O amor pelo desporto, a paixão pelo ténis de mesa

"Quando falamos de ecletismo benfiquista, Leonor Cadillon é um dos nomes que o personifica

Começou na ginástica aos três anos, aprendeu a nadar no Clube, mas foi no ténis de mesa que Maria Leonor de Carvalho Cadillon imprimiu a sua marca de atleta laureada. No ano em que celebra 73 anos de vida, recordamos esta figura incontornável da modalidade, a qual se pratica no Sport Lisboa e Benfica desde 1940/41, na sua vertente feminina.
Nascida a 1 de Março de 1946, no seio de uma família ligada ao clube encarnado, Leonor Cadillon desde cedo teve contacto com o mundo desportivo. O seu pai, Rui Cadillon, foi dirigente da secção de ténis de mesa do Sport Lisboa e Benfica durante vários anos, o que aproximou a filha daquilo que seria um vitorioso percurso pela modalidade.
Leonor era 'muito estimada por todos os seus colegas da prática desportiva, quer na ginástica, quer na iniciação desportiva, quer de Ténis de Mesa ou da natação'. Mas foi no desporto da 'bola de celulóide' que ela se revelou uma 'menina-prodígio'.
Aos dez anos, Leonor Cadillon inaugurou o que viria a ser um promissor caminho na modalidade, vencendo o Campeonato de Lisboa, na categoria individual de meninas, durante a época de 1955/56. Quatro anos mais tarde ascendeu ao escalão de sénior, onde conquistou cinco Campeonatos Nacionais por equipas, quatro em pares-seniores, três em pares-mistos e dois individuais. A este admirável palmarés adicionou ainda a conquista de cinco Taças de Portugal.
Em Agosto de 1965, O Benfica Ilustrado dedicou-lhe a rubrica Ídolos na Intimidade, com uma entrevista em casa da atleta, apresentando-a como 'uma das «estrelas» do ping pong português'. Nesta entrevista, Leonor Cadillon explicou como conciliava à data a prática do desporto com a sua vida pessoal: 'Trabalha seis horas por dia. É mecanógrafa. Quando sai do emprego, ou vai treinar, ou vai para casa, onde - segundo a sua expressão - uma rapariga tem sempre bastante que fazer. Normalmente treina, por semana, cerca de seis horas'.
Após 15 épocas ao serviço do Benfica, abandonou a prática desportiva, em 1971, com 25 anos, deixando uma inegável marca no ténis de mesa 'encarnado' e nacional.
Pode conhecer mais sobre esta figura eclética da história do Benfica, na área 2 - Jóias do Ecletismo do Museu Benfica - Cosme Damião."

Vanessa Baptista, in O Benfica

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