"Entrar num estádio e receber uma ovação não é coisa de que todos se orgulhem. É mesmo um privilégio raro e um momento inesquecível para o resto da vida. Isso é possível para algumas crianças que entram de mão dada com os jogadores, escoltando-os até ao centro do relvado. E normalmente, como o próprio nome indica, estes privilégios exclusivos não são inclusivos, e por isso não chegam aos menos favorecidos ou aos que se encontram fragilizados nalguns momento das suas vidas. Mas o Benfica reverteu essa lógica em linha com a melhores práticas dos grandes clubes internacionais, e o que parecia impossível ficou ao alcance da Fundação para ser utilizado em processos motivacionais como um poderoso tónico, capaz de elevar a inspiração de um jovem a níveis hiperbólicos e contribuir decisivamente para consolidar o seu processo de reconciliação com a escola, para levar um pequeno ser a níveis sensoriais capazes de ultrapassar, por momentos, a sua deficiência e superar-se, ou mesmo para que uma criança corajosa deixe por um dia a pediatria oncológica e realize este sonho de mão dada com o seu ídolo num aperto humano que dura muito para lá dos 90', sem limite para o tempo suplementar. Não há como medir o alcance de uma coisa destas. Nem interessa! Só há que agradecer o privilégio de poder usar mais este incentivo para o trabalho social. E que incentivo...!
Mas que se entenda, aos olhos de quem vem ao futebol: passam-se muitas cosias num estádio, e há dentro dele muitas vidas em pouco espaço e pouco tempo. Aqui, na Luz, o futebol é rei. Mas não governa só, porque o Benfica usa-o também para promover a felicidade e o bem-estar de todos. Isto porque a vitória é ainda mais saborosa quando a todos inclui e a todos eleva a satisfação pessoal. Por isso, naturalmente, o Benfica vence e continuará a vencer, cada vez mais, no futebol e na vida dos portugueses!"
Jorge Miranda, in O Benfica
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