"Na Vila das Aves, previa-se uma deslocação complicada para os encarnados pela forma invulgar como o conjunto orientado por Augusto Inácio se posiciona no momento defensivo com marcações individuais em todo o campo. A mobilidade encarnada criada em todos os corredores permitiu criar o engodo nas marcações individuais do adversário e chegar a um resultado justo para o Benfica.
“Temos de observar e analisar o adversário e reinventarmo-nos para não sermos previsíveis. (…) O que procurei? Temos de observar o adversário e perceber que espaço oferece. Com três centrais eles teriam sempre cinco a defender no nosso processo ofensivo. Queríamos atrair os médios contrários e ter mais espaço entre linhas. Isso também obrigava a alguém da linha de cinco a sair."
Bruno Lage
A Análise e a Observação do adversário são cada vez mais importantes no Futebol, principalmente quando se pensa em Alto Rendimento. Atacar contra adversários que defendem com marcações individuais exige comportamentos diferentes daqueles que se têm quando se defronta uma equipa defende de forma zonal. Seria, portanto, fundamental reinventar alguns movimentos em função deste método defensivo do Aves.
Dentro da sua identidade cada vez mais vincada, o Benfica trouxe nuances estratégicas interessantíssimas para contrariar as marcações individuais da equipa caseira. Além da mobilidade trazida pela equipa de Lage, o Benfica montou um quadrado no corredor central para enganar o adversário com Samaris e Gabriel mais baixos para atrair médios adversários e entrar no espaço entre sectores. Este quadrado no corredor central aliado às constantes trocas posicionais aumentou significativamente as entradas nas costas dos médios adversários durante toda a partida.
A mobilidade do Benfica no momento ofensivo permitiu arrastar as marcações individuais dos jogadores do Aves e furar pelos espaços mais importantes. As trocas posicionais entre Pizzi, Félix e Rafa a toda a largura que tanto se moviam entre-linhas como de dentro para fora provocaram imensos desequilíbrios no momento defensivo do Aves, tal como aconteceu no brilhante golo de Rafa. No corredor direito, as habituais trocas posicionais entre Almeida e Pizzi também criaram dificuldades ao conjunto avense. Foi, contudo, a capacidade de entrar no espaço entre-linhas que mais criou a dificuldades à equipa nortenha porque, neste espaço, mora o jogador mais capaz da Liga de receber e enquadrar com a baliza adversária (Félix) que, uma vez mais, esteve a um nível altíssimo.
Exato. Todos os pormenores contam. Só que acho DESNECESSÁRIO dar trunfos aos adversários, que é precisamente o que nós fazemos...quando B.Lage explica a sua ( neste caso, a do Benfica…)maneira de trabalhar.Falar de Futebol no fim dos encontros, tudo certo; dar a conhecer como o fazemos, sou contra.
ResponderEliminarTambém pensei nisso. Mas ele explica o que fez DEPOIS dos jogos. Além disso muda a estratégia em todos os jogos em função da observação dos adversários.
EliminarPor isso é quase impossível prever a estratégia que ele vai escolher antes dos jogos já que esta é escolhida em função da forma como joga o adversário.
Tudo muito bonito enquanto a Equipa tiver dinâmica, espírito de entreajuda e vontade de vencer.
ResponderEliminarEnquanto ganhar...
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