"Em 2014, um presidente de má memória que passou pela Liga, Mário Figueiredo de seu nome, jurava a pés juntos que a sua instituição não tinha "maneira alguma" de obrigar os clubes a iniciar jogos das provas profissionais à mesma hora, isso na sequência do escândalo causado pelo atraso do FC Porto, na Taça da Liga, que fez o Sporting sentir-se prejudicado. Até que, Ovo de Colombo, alguém se lembrou de que existem telemóveis e que os delegados os podem usar para coordenar o apito inicial quando necessário, invalidando quaisquer manobras dilatórias.
O sistema do vídeo-árbitro falhou no Dragão e, azar dos Távoras, aconteceram dois lances polémicos, um dos quais, o 2.º golo portista, com foros de escandaloso. Numa acção de formação do Conselho de Arbitragem, destinada a jornalistas, questionei um alto responsável do sector sobre que ilações foram retiradas da quebra no Aves-Benfica, da época passada, e que tanta tinta fez correr. Foi-me explicado que, quando uma anomalia acontece, um técnico informa o 4.º árbitro, que avisa o árbitro principal desse facto. Estão ainda disponíveis auscultadores que podem ser utilizados se o sistema de comunicação principal falhar. Nada disso ocorreu no Dragão, com a explicação de que seria impossível injectar imagens para o monitor do estádio.
A minha desconformidade é fácil de entender. Em 2018, só Fábio Veríssimo não soube que André Pereira estava claramente deslocado. Bruno Paixão viu na Cidade do Futebol, mas as regras não lhe permitem comunicar com o 4.º árbitro via telemóvel, por exemplo, em último recurso, e alertar para o erro grosseiro, tendo voto de qualidade em caso de falha do sistema tradicional de som ou imagem. É a próxima inovação na qual Portugal deve ser pioneiro."
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