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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Champions, a hora da verdade está aí...

"Na finalíssima de Salónica, mais do que esta ou aquela táctica, este ou aquele jogador, será relevante a força psicológica da equipa.

A época do Benfica vai ficar indelevelmente marcada, para o bem ou para o mal, pelo que a equipa de Rui Vitória fazer, depois de amanhã, em Salónica. Será quase escusado enfatizar, de tantas vezes se ter já dito, qual a real importância de se ter uma equipa na fase de grupos da Liga dos Campeões, especialmente para um clube como o Benfica, de um país periférico, com um mercado televisivo pobre e essencialmente vendedor, o que exponencia a necessidade de ter os jogadores na melhor das montras. Perante as dúvidas que rodearam a permanência de Jonas (entretanto indisponível por razões físicas), a chegada tardia de Gabriel e ainda o interesse, que permanece, em Ramires, subsistirá sempre a dúvida quanto à proficiência da SAD encarnada, que não foi capaz de dotar o grupo às ordens de Rui Vitória, em tempo útil, de todos os trunfos entendidos como relevantes. Mas este não será o momento próprio para aprofundar o tema. Na noite de quarta-feira se saberá se o esforço dos dirigentes encarnados foi, ou não, suficiente. Como só faz falta quem está, Rui Vitória deverá meditar na melhor forma de abordagem ao desafio do estádio Toumba, um dos mais difíceis do mundo, e a preparação desse jogo, mais do que táctica ou técnica, deverá ter o foco na vertente psicológica. Para passar a eliminatória, cada jogador do Benfica deve entrar em campo consciente de que o resultado de Lisboa foi deveras lisonjeiro para o PAOK e que, equipa por equipa, os vice-campeões de Portugal são melhores que os da Grécia. Será a partir dessa convicção que o Benfica poderá montar um esquema que deve ser, ao mesmo tempo, ousado sem ser suicida e ambicioso sem ser irresponsável. Embora esteja claro que o 4x3x3 do Benfica tem sido curto para as necessidades atacantes da equipa quando joga em casa, o mesmo não pode ser dito das prestações fora de portas, já que tanto em Istambul quanto no Bessa a produção foi assaz positiva. Assim, não será de estranhar que, para além do regresso de Salvio ao onze e da eventual chamada à equipa de outro ponta de lança (a saber, mediante os boletins clínicos que se seguem), o Benfica apresente a matriz que tem sido a sua imagem de marca na presença época. O segredo do sucesso, porém, estará na forma como Rui Vitória entrar na cabeça dos jogadores, criando condições para que suba ao relvado uma equipa muito personalizada.

Ás
Rui Patrício
O empate caseiro dos Wolves frente ao super City teve a marca de duas mãos, a de Boly, autor do golo à Vata, e a de Rui Patrício, a remate de Sterling, naquela que foi, provavelmente, a melhor defesa da sua carreira (a de Paris, a cabeçada de Griezmann, foi outra coisa, matéria-prima de estátua). Patrício em grande!

Ás
João Félix
Marcou a diferença no derby não só pelo golo que evitou a derrota do Benfica mas sobretudo pela lufada de ar fresco que representou a sua entrada para terrenos mais próximos do ponta de lança, João Félix é daqueles que não engana, ficando apenas por saber qual o caminho que vai seguir até ao estrelato. Mas parece pronto...

Ás
Luís Castro
Um dos grandes treinadores do futebol nacional não merecia a contestação que já sentiu em Guimarães, após três derrotas consecutivas. No Dragão, não só deu um pontapé na crise que se avizinhava, como ganhou espaço para respirar melhor e poder aplicar, na Cidade Berço, todo o seu saber. Roma e Pavia não se fizeram num dia.

Um pouco de Luz e outro tanto de Jamor
«Não estamos a fazer as coisas que nos levaram a ser campeões nacionais. Não há desculpas. Temos de fazer bastante mais»
Sérgio Conceição, treinador do FC Porto
Sérgio Conceição pegou de caras o touro da derrota caseira frente ao V. Guimarães, numa partida em que se viu o espírito vimaranense que pós a Luz em sobressalto e o esquecimento portista que quase custou dois pontos aos dragões no Estádio Nacional. Para  FC Porto, a boa notícia é que o seu treinador não está a jogar ao faz de conta e promete atacar o mal pela raiz.

O tango dos 'boks' e a lei dos 'blacks' de Barrett
Dois factos marcaram a segunda ronda do Championship: a Argentina afirmou-se, de forma categórica, e varreu a África do Sul por 32-19, em Mendoza, enquanto que na fortaleza do Eden Park a Nova Zelândia arrasou (40-12) a Austrália, com um 'poker' de ensaios de Beauden Barrett, o melhor do mundo.

Fernando Pimenta no Olimpo
Fim de semana inesquecível para Fernando Pimenta, que se sagrou, em Montemor-o-Velho, campeão do mundo em K1 1000 e bicampeão mundial em K1 5000. Longe vai já a desilusão das folhas, na Lagoa Rodrigo Freitas, nos Jogos do Rio de Janeiro, com a garantia que já tem de pertencer ao Olimpo que se sentam os melhores desportistas portugueses de todos os tempos. A canoagem, em Portugal, é um caso de sucesso, que nada tem a ver com sorte ou acaso. Trabalho, competência e talento colocaram o nosso país no pelotão da frente da modalidade. Um excelente exemplo para ser seguido pelas federações desportistas que se lamentam muito mas pouco fazem para tomar o destino em mãos próprias. E há muitas, sempre à espera que façam por elas o que lhes cumpre, como se a excelência caísse do céu e os campeões nascessem de geração espontânea."

José Manuel Delgado, in A Bola

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