"O empate foi um resultado justo para Portugal?
Sim e não. O futebol tem momentos cruéis e Portugal sentiu ontem na pele a conjunção de vários factores que redundaram na igualdade que nos levou ao 2.º lugar. Primeiro a incompetência na gestão do jogo, no penálti falhado de Ronaldo e na incapacidade de marcar o segundo. Por outro lado, a sensação de injustiça por um penálti ridículo, que nos leva a questionar para quê o VAR, levando o árbitro a cair na choradeira de Queiroz.
O que faltou a Portugal?
Para além de pontaria a Cristiano Ronaldo no penálti falhado, maior agressividade, maior capacidade de manter a cabeça fria após o disparo falhado por CR7 e uma estranha incapacidade para segurar o resultado fazendo a bola circular. A Selecção Nacional deixou-se cair no jogo físico e directo dos iranianos, com muito menos talento mas com um fé inabalável. Maior competência mental seria vital.
A Selecção Nacional jogou melhor do que frente a Marrocos?
Em alguns momentos, claramente. Mas há factores que diferenciam muito os dois jogos. Primeiro, o Irão de Queiroz é uma equipa muito mais defensiva e que apostou na maior parte do tempo, até à pressão final, num bloco baixo, que permitia maior circulação ao meio-campo português. Ainda assim, diria que Portugal teve vários momentos interessantes. Esta equipa de Fernando Santos nunca fará a delícia dos adeptos pela exibição. O seleccionador é um resultadista. E não vai mudar.
Carlos Queiroz queria vermelho para Ronaldo...
E não só. Foi triste ver o espectáculo degradante que foi o comportamento do banco iraniano durante o encontro. Compensou pelo penálti que lhe foi oferecido pelo árbitro, que cedeu à pressão feita por treinadores e jogadores durante os 90 minutos, mas ainda assim não chegou. Quanto ao vermelho, é apenas mais um pedido ridículo do técnico português. O ódio que tem à Selecção e a Cristiano Ronaldo leva a estas declarações infelizes.
Como se explica a desorientação da equipa após o penálti falhado por CR7?
Não é fácil de explicar. A perda de controle emocional da equipa foi visível em vários momentos, nomeadamente até no amarelo visto por Quaresma, que ‘obrigou’ Fernando Santos a retirá-lo do jogo. Fica por entender se junto a esta perda de clarividência se juntou alguma quebra física, visível, por exemplo, em William Carvalho. Um fenómeno preocupante por ter sido um dos nossos pontos fortes no Europeu em França.
André Silva fez esquecer Guedes?
Nem sim, nem não. As unidades ofensivas da equipa portuguesa têm sido as que têm tido vida mais complicada devido ao menor rendimento do jogo ofensivo do nosso meio-campo. Talvez por isso tanto Guedes como André Silva mostrem dificuldades em afirmar-se.
O calor prejudica o rendimento de Portugal?
Acredito que os factores climáticos não podem ser utilizados como desculpa. É verdade que foi evidente que o clima mexia com o comportamento das equipas, mas as condições eram as mesmas para Portugal e Irão. Foi visível a existência de uma estratégia de paragem e tonificação constante, aproveitando até algumas quedas dos jogadores, que ‘ficavam’ mais tempo para que água fosse distribuída. Um exemplo. No fundo, um estratagema inteligente de ambos os técnicos."
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