"A segunda parte trouxe emoção e o Benfica venceu por acréscimo de qualidade e volume ofensivo que resultou, também, das entradas de Rafa e Carlos Vinícius
As equipas
1. Benfica e Famalicão apresentaram onzes a respeitar o momento e importância da prova, logo, muito próximos do habitual e com alterações pontuais, mas, em ambos os lados, sustentadas em jogadores rotinados e de utilização frequente. As duas equipas foram fiéis à sua estrutura táctica usual: o Benfica no seu usual 4-4-1-1 e o Famalicão num ortodoxo 4-1-4-1, dando continuidade à ideia de jogo de uso corrente e sem alterações estratégicas visíveis.
A primeira parte
2. O bom nível técnico geral por parte dos jogadores proporcionou 45 minutos agradáveis, com dois ou três momentos de finalização para cada um dos lados. O equilíbrio numérico dos sectores fez o jogo transitar para um conjunto de indicadores estatísticos que denunciaram grande equilíbrio. Uma única intervenção - Vaná, após bola parada - denunciou a ausência de capacidade de jogo ofensivo do Benfica, sempre sujeito à superioridade defensiva notória do adversário.
O segundo tempo
3. Numa época em que a posse e a lateralização marcam a forma de jogar e o pensamento dos técnicos de actual geração, a segunda parte trouxe emoção, golos e, fundamentalmente, melhoria do espectáculo. Não por esse meio, mas através de movimentos mais verticais e ataque rápido das duas equipas. Assim se chegou à maioria dos golos, com o Benfica a vencer por acréscimo de qualidade e volume ofensivo que resultaram, também, das entradas de Rafa e Carlos Vinícius. A isso, o técnico famalicense, na lógica de um resultado para si positivo (o marcador estava em 2-2 na altura), respondeu aquando da entrada de Roderick, dando maior consistência ao espaço central da sua defesa.
Conclusões
4. Assistimos na Luz a um jogo de boa qualidade, nomeadamente no segundo tempo, com cinco golos. O destaque vai para a coerência e ousadia do futebol do Famalicão, que, por força disso, deixa a eliminatória em aberto para o jogo da segunda mão."
Manuel Machado, in A Bola
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