"O FC Porto regressou à cruzada contra os árbitros. No espaço de poucos dias o próprio presidente do clube, Pinto da Costa, abriu a polémica falando em eventual favorecimento do Benfica e ontem, mesmo, logo depois de confirmado o imprevisto empate no Jamor, Sérgio Conceição veio virar a face da mesma moeda e falar do prejuízo crónico da sua equipa. E quando o repórter da entrevista flash lhe perguntou se havia, apenas, dois candidatos ao título, o treinador portista disse que não, que haveria três ou quatro, incluindo as equipas de arbitragem. Este é um discurso recorrente do FC Porto quando não ganha. E de tanto ser repetitivo vai perdendo cada vez mais razão de ser e vai-se tornando mais frágil e menos convincente. Pior: dá uma imagem de receio do futuro, o que não era a imagem de marca de um FC Porto maior e mais vencedor. De facto, o FC Porto não empatou o jogo de ontem por causa dos árbitros. Nem por causa do árbitro de campo nem do árbitro da sala do vídeo. Tal como Sérgio bem referiu, empatou o jogo porque a equipa não foi suficientemente lúcida nos momentos de decisão e falhou demasiadas oportunidades. Empatou porque não conseguiu resolver melhor um problema que parecia simples e que o frágil adversário lhe colocou, quando, ainda muito longe do fim, implantou aquele sistema aflitivo de 6x3x1.
O FC Porto está, agora, a quatro pontos do Benfica. Apesar de estarmos muito longe dos momentos de decisivos do campeonato, não deixa de ser um pouco estranho, porque, nos dois candidatos, o FC Porto parece ser regularmente mais forte. Porém, não tem sido regulamente tão eficaz."
Vítor Serpa, in A Bola
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