"Conseguimos vê-los na fotografia aqui mais acima, a conversar uns com os outros, um deles com a bola no pé, até meio alheados do que se passa - o que é bom, na verdade. Eles chamaram-me a atenção porque, ultimamente, temos tido dias recheados de peripécias com apanha-bolas. Primeiro foi José Mourinho, no Tottenham, a recompensar a clarividência de um deles, no jogo, na conferência pós-jogo e até no treino seguinte, onde o rapaz foi convidado a estar; e este fim de semana foi Duncan Ferguson, o treinador que ficou, interinamente, a tomar conta do Everton depois da saída de Marco Silva, que celebrou efusivamente um dos golos da equipa frente ao Chelsea com um apanha-bolas.
Ambas as situações descritas ocorreram na Premier League e isso não é, na verdade, coincidência ou sequer surpreendente: há outro campeonato no qual o futebol e tudo o que está à sua volta seja tão valorizado? Não creio (ao contrário do que disse recentemente Jorge Jesus, do alto da sua soberba - está um homem mudado, diziam eles... então não).
Este fim de semana, em entrevista publicada na edição semanal do Expresso, João Pedro Sousa, que esteve na Premier enquanto adjunto de Marco Silva, entre 2016 e 2019, contava-me que, à chegada a Inglaterra, a organização da prova realizava reuniões com todos os novos intervenientes que a ela se juntavam, para lhes explicar o que era a Premier League, como se valorizava, quais eram as regras e que objectivos tinham. Todos os que não seguissem a linha indicada, estariam a ir contra o espírito da prova e seriam duramente castigados.
E assim chegamos aos apanha-bolas do Belenenses SAD (será que são do Belenenses SAD ou do Belenenses? Dúvidas (im)pertinentes)-FC Porto, que foram brindados com um excelente espectáculo no relvado do Jamor, não durante os 90 minutos, mas já após o apito final. Que, diga-se, não é espectáculo exclusivo às cores em questão, mas costumeiro por muitas das cores que entram num relvado em Portugal, entre comunicados, queixumes e dramatizações, com a assistência até de quem deveria promover o jogo mediaticamente, mas que não tem "juízo" para mais.
É assim a nossa Liga NOS. Mais vale os nossos apanha-bolas verem o United a surpreender o City, Messi a marcar como se nada fosse, Suárez a inventar soluções de predestinados, Ronaldo a continuar a somar golos, Joaquín a fazer história aos 38 anos, etc, etc, etc. Para ver esta Liga portuguesa, só mesmo como quem vê um documentário sobre a vida animal.
O Que Se Passou
A notícia do dia, é obviamente, a exclusão da Rússia das principais provas desportivas, por quatro anos. Noutras notícias: no Everton saiu um português e pode entrar outro; Bruno Fernandes continua a ser falado para todo o lado; Luís Neto ficará fora dos relvados cerca de dois meses; o Cruzeiro desceu mesmo, pela primeira vez; e Joaquín fez-nos sorrir, aos 38 anos. Por fim, mas não menos importante, bem pelo contrário: morreu Rogério "Pipi"."
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