"Portugal presente em 13 grandes competições internacionais consecutivas! E pensar que até 2000 só tínhamos ido a quatro fases finais
Está feito. Portugal vai estar presente, pela décima terceira vez consecutiva, numa grande competição de futebol, uma façanha extraordinária, apimentada ainda pelas conquistas do Europeu de 2016 e pela Liga das Nações de 2019. E, quem mais, na Europa, além de Portugal, esteve em todas as fases finais, das competições oficiais (Liga das Nações, Europeus e Mundiais) desde 2000? Ninguém.
Estamos, pois, bem habituados, e isso leva-nos a desconsiderar o alcance da qualificação para o Europeu de 2020, ontem carimbado no Luxemburgo. Se pensarmos que até à década de sessenta nunca tínhamos estado numa fase final, e se reflectirmos no facto de, entre 1960 e 1988, em dezanove competições, só nos termos classificado para quatro, só podemos concluir que estamos a viver tempos de ouro, com explicações múltplas:
- A lei Bosman (1995) abriu as portas dos campeonatos mais competitivos da Europa aos jogadores portugueses, o que lhes conferiu melhores capacidades;
- Com os principais jogadores no estrangeiro, a clubite, inimigo crónico da Selecção Nacional, deixou de ter efeito pernicioso que assumia;
- A Federação Portuguesa de Futebl (FPF), ainda na gerência de Gilberto Madaíl, percebeu que a Selecção era uma galinha dos ovos de ouro que importava acarinhar, e apostou na profissionalização;
- Com a chegada da equipa de Fernando Gomes, os meios colocados ao serviço da Selecção Nacional atingiram patamares de excelência: pode haver outras selecções com capacitações semelhantes, mas ninguém terá melhores condições do que Portugal;
- Ao mesmo tempo, a aposta dos clubes portugueses na formação, com a produção de alta qualidade das academias, municia as selecções jovens e prepara o futuro, naquilo a que chamamos, sem complexos, de círculo virtuoso.
No apuramento de Portugal para o Campeonato da Europa de 2020 não houve fogo de artifício e champanhe. Para lá de um jogo muito bem conseguido na Sérvia, a Selecção Nacional limitou-se a ser competente e profissional, reforçando a imagem de marca de equipa tremendamente difícil de bater. Ontem, no Luxemburgo, num relvado impróprio, quando foi preciso abdicar da lagosta e passar para o carapau assado, os jogadores disseram presente. E, no Europeu, contem connosco, é para ganhar!
Ás
Fernando Santos
O Euro 2020 vai ser a quinta grande competição internacional de Fernando Santos como seleccionador nacional, um número só por si fantástico e inédito no futebol português, que conhece um significado ainda mais importante se lembrarmos os títulos de 2016 e 2019. Em boa hora Fernando Gomes apostou nele...
Ás
Cristiano Ronaldo
Apesar de não estar a atravessar um bom momento de forma, CR7 veio ajudar Portugal a qualificar-se para o Europeu do próximo ano, e ainda marcou a bagatela de quatro golos, fixando-se nos 99, a dez apenas do recorde mundial do iraniano Ali Daei. E prepara-se para fazer o quinto Europeu. Proeza até agora inédita!
Ás
Stefanos Tsitsipas
Numa modalidade dominada completamente, há muitos anos, por jogadores veteranos (Federer, 38, Nadal, 33, Djokovic, 32), o triunfo do jovem grego, de 21 anos, no Masters de Londres é uma lufada de ar fresco no mundo do ténis e a certeza de que a continuidade dos monstros está assegurada. O ano de 2020 promete render da guarda...
CR7 estende ramo de oliveira a Maurizio Sarri
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JJ, está quase...
O Flamengo, num jogo dramático, venceu o Grémio, em Porto Alegre e, aproveitando o empate do Palmeiras em Salvador, ficou a um pequeno passo de se sagrar campeão do Brasil. Durante décadas, os brasileiros gozaram com o futebol português, diziam que jogávamos de tamancos e com bola quadrada. A 19 de Julho de 1966, em Goodson Park, Liverpool, começaram a perceber que não era bem assim e o sucesso de Jorge Jesus nos dias de hoje fecha esse ciclo de redenção lusitana. É uma espécie de segundo achamento, embora o desembarque não tenha sido em Porto Seguro, mas no ninho do urubu..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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