"No jogo que colocou o Benfica na liderança da Liga, um duelo de duas identidades bem vincadas marcou o Clássico com a Identidade Lage a superiorizar-se à Identidade Conceição pela personalidade e competência que demonstrou ao longo de todo o jogo em todos os momentos.
“O Benfica foi igual a si mesmo. (…) Num primeiro momento, tentava pressionar a nossa 1ª fase de construção.”
Sérgio Conceição
Ao contrário do que se poderia esperar, foi um Benfica altamente pressionante sobre a construção portista. Desde a saída do Guarda-Redes, a equipa de Lage optou sempre por nunca deixar jogar o Porto. Apesar das mudanças na dinâmica ofensiva portista, a equipa encarnada foi condicionando a construção adversária, de modo, a evitar a entrada da bola nas costas da 1ª linha de pressão com Gabriel a subir em relação à restante linha média, enquanto que, Félix e Seferovic controlavam a saída a 3 do FC Porto. Este engodo criou dificuldades à equipa de Conceição que optou, invariavelmente, pela bola longa ou na profundidade para Marega. Actuando num bloco médio, para ter maior facilidade em retirar a profundidade que o Porto tanto gosta, o Benfica voltou a estar muito bem defensivamente e com as linhas sempre próximas.
Com bola, à imagem do que tem feito, um Benfica super capaz contra um Porto aparecer como têm sido apanágio num 4x4x2 clássico. A equipa de Lage mostrou uma enorme personalidade, mantendo os posicionamentos habituais do seu modelo numa das melhores exibições encarnadas no Dragão. Sempre que conseguiu, a equipa ligou desde trás mais por fora do que por dentro pela capacidade portista em fechar o corredor central. As trocas entre Pizzi, Rafa e Félix permitiram chegar ao último terço com maior facilidade, sobretudo por fora porque dentro existia pouco espaço e era uma forma de fugir aos duelos com centrais e médios do campeão nacional. Emergiu, então, uma qualidade incrível no desenho das novas rotas (ir fora para, posteriormente, voltar dentro para conquistar o espaço nas costas dos médios portistas).
Também em transição ofensiva, como nos tem habituado, o Benfica foi capaz de criar muito perigo junta a baliza de Casillas pela forma como roubou em zonas baixas ou altas (Ver I Golo) e saiu para ataque rápido ou contra-ataque.
A chegada de Lage ao comando técnico do Benfica trouxe a Afirmação do Renascimento Encarnado. Após um período de crescimento, o Benfica de Lage é cada vez mais uma equipa super competente, inteligente e personalizada!"
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