"Amanhã, o Benfica abre as portas da Luz para acolher o Sporting, eterno rival. Será a 85.ª vez que as águias recebem os leões para o campeonato nacional, sendo a actual casa dos encarnados o sexto palco dos dérbis a contar para a principal competição do calendário português. Os estádios onde o Benfica jogou desde 1934/35, como anfitrião, contra o Sporting, foram as Amoreiras (3V, 1E, 2D), o Lumiar (1D), o Campo Grande (6V, 1E), o Estádio Nacional (1V, 1E, 5D), a Luz (28V, 17E, 3D) e a nova Luz (8V, 4E, 3D), chegando-se assim à conta final de 46 vitórias para o Benfica, 23 empates e 15 triunfos do Sporting, com 167 golos para os da casa e 106 para os forasteiros.
Sendo o futebol a mola real dos clubes (e estes dois são até casos extraordinários de aposta no ecletismo), e tratando-se de uma rivalidade que ao longo da história, essencialmente durante o século XX, resultou no principal motor de desenvolvimento do desporto nacional, do Minho ao Algarve (ou Timor...), está encontrada a explicação para este jogo ser não apenas o dérbi da cidade de Lisboa, mas sim o grande evento do futebol português.
A quem nele participa, a ver, a jogar ou a arbitrar, o que se espera é que esteja a altura da dimensão histórica de um fenómeno que marca, desde 1 de Dezembro de 1907, a vida do país. Os últimos anos de convivência institucional entre dois colossos foram, para dizer o mínimo, conturbados. O que se pede é que o jogo de amanhã marque o regresso a uma rivalidade imensa mas sadia, que veja no opositor um adversário que se quer derrotar e não um inimigo.
Será pedir de mais?"
José Manuel Delgado, in A Bola
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