"Teve início, em boa hora, a competição dos sub-23 que pretendem, muito justamente, uma oportunidade para continuar a melhorar as suas competências para a prática do futebol.
A esse respeito, segundo dados da FPF da época de 2017/18, cerca de 8.500 praticantes entre os 18 e 23 anos deixaram de estar federados. Independentemente de termos conhecimento que nestas idades existe uma significativa alteração na mudança de domicílio de muitos jovens, originado, na maior parte das vezes, pela continuidade da sua carreira de estudante nas diversas universidades do país, não é despiciente realçar a obrigatoriedade da participação em tal competição de um número significativo de jogadores formados localmente.
Provavelmente, esta iniciativa deveria ser acompanhada de medidas que facilitassem a transferência dos próprios atletas, quando se trata de mudanças de clube pelos motivos atrás aduzidos e por consequência sem encargos para os clubes que recebem os jovens, para que os mesmos possam dar sequência na prática do desporto que escolheram e ao qual gostariam de dar continuidade, impondo regras para que essa situação não seja aproveitada para atraiçoar a nobreza das intenções dos que proporcionaram a iniciação da prática futebolista a tais atletas.
Está confirmado um número significativo de estrangeiros nas diversas competições nacionais, inclusive nos sub-19, adulterando os propósitos da formação, as obrigações do Estado – que deve proporcionar condições aos nossos jovens da prática desportiva, que devia ser obrigatória e não um luxo, prejudicando significativamente as nossas selecções.
Paralelamente, é imprescindível que saibamos gerir a ansiedade do jovem futebolista, tendo em conta que as suas expectativas nem sempre serão alcançadas. É a prática dos treinadores e jogadores que transforma, ou não, o que se aprende e como se aprende. O que significa que a aprendizagem tem de ser contextualizada, planeada… e permanentemente reforçada."
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