"Sábado de Páscoa intenso na I Liga portuguesa. Jogos equilibrados e decisões difíceis das equipas de arbitragem marcaram uma jornada que pode representar muito para as contas finais da prova. Ontem, honra seja feita aos árbitros do Portimonense - Moreirense, Benfica - V. Guimarães e SC Braga - Sporting, estes não se refugiaram no VAR e foram (tele)ver os lances capitais, decidindo, depois, conforme a convicção criada. Concordando-se mais ou menos com o que foi o veredicto final, não lhes faltou coragem.
É evidente que o resultado da 'pedreira', que mantém os arsenalistas dentro do sonho do pódio e afasta os leões da luta pelo título, foi o facto mais relevante da jornada. Na noite da confirmação de Abel Ferreira como treinador de elite, duas questões, relativas ao Sporting, devem ser suscitadas.
A primeira tem a ver com o facto da turma de Alvalade ter perdido, entre a sexta e a vigésima oitava jornada, onze pontos para o Benfica. Trata-se de um trambolhão relevante, que poucas pessoas, no universo leonino, muito provavelmente antecipariam.
A segunda, em jeito de reflexão, dirige-se ao presidente do Sporting:
- O que ganhou a equipa de Jorge Jesus com a guerra que Bruno de carvalho criou com o SC Braga?
- Em que medida beneficiaram os leões do clima crispado que foram encontrar à 'predreira'?
- O que ajudou à época verde e branca a motivação extra que foi dada, neste momento capital, ao clube adversário, dos jogadores aos dirigentes e destes aos adeptos?
Diz o povo, num aforismo que aqui tem cabimento, que quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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