"Na televisão, um adepto portista tentava justificar o injustificável. "Afinal o que são quinze minutos?". Se ele não sabe, quinze minutos são o tempo bastante, por exemplo, para um dirigente do seu clube fazer telefonemas vergonhosos no âmbito do processo Apito Dourado, são tempo bastante para a sua equipa apontar dois ou três golos ao Gil Vicente, são tempo bastante para ele perder um comboio ou um avião, são tempo bastante para dizer as maiores asneiras e cultivar a mais primária demagogia.
Os quinze minutos em apreço são mais do que isso. São minutos incompetentes de uma máquina tida por exemplar.
O mito ruiu, acaba de se desmoronar. Alguém se lembra de um grande clube português ter ficado fora de uma competição (é o que só pode acontecer ao FC Porto) por razões burocráticas? Por incumprimento? Por laxismo? E se acontecesse o mesmo com o Benfica? Que diriam as costumeiras vozes fundamentalistas da colectividade azul às riscas?
Como se não bastasse, o mesmo aficionado desatou, carregado de sanha, a desprestigiar a Taça da Liga, prova do calendário oficial, aprovada pelo seu próprio clube.
"É a Taça Lucílio Baptista", "é a Taça da cerveja". É, isso sim, a Taça que o FCP nunca ganhou, que este ano voltará a não ganhar, desde já, por espantosa inépcia administrativa.
A mesma figura debitou sobre o SC Braga-Benfica, responsabilizando o árbitro pelo triunfo da formação de Jorge Jesus. Acaso se recorda do jogo da primeira volta, quando Cardozo marcou um golo limpo, já nos derradeiros minutos, mal anulado pelo juiz da partida? Há comparação possível? Há, isso sim, o prosseguimento do anedotário portista no folclore televisivo."
João Malheiro, in O Benfica
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