"Os grandes nomes do futebol, muitos do passado mas também alguns do presente, provaram na Luz, juntamente com mais de 30 mil adeptos e com a total disponibilidade benfiquista, que não perdem de vista as causas sociais - infelizmente, no século XXI, onde a manda a tecnologia, mas como grassa a hipocrisia de muitos governantes, ditadores assumidos ou disfarçados de colarinho branco, que já não é só em África ou na Ásia que se morre de fome. Fome; ter fome; morrer de fome; sobreviver com fome -, Luís Figo, os seus amigos e o SL Benfica deram o muito que ainda têm e mostraram ao mundo que há gestos que ficam para toda a vida.
Dessa noite de solidariedade fica também o adeus ao futebol de um daqueles que merecia ter sido feliz: Mantorras. Eusébio, que gostei imenso de ver, pela televisão, recuperado, foi jogador genial; para mim Mantorras foi o que mais dele se aproximou. Tinha tudo mas não teve sorte; outros tiveram-na e jogaram-na à rua. Onde Mantorras podia ter chegado se tem sido bafejado pela deusa fortuna. Só precisava de ter tido um bocadinho disso. Um dos maiores ídolos do futebol português disse adeus mas na minha memória perdurarão para sempre a portentosa exibição protagonizada frente ao Sporting pelo Alverca (lembras-te amigo Alexandre Albuquerque?) e o golo de livre ao V. Setúbal. O que desejo a Mantorras é que tenha no futuro a pontinha de sorte que não encontrou no futebol.
Rui Costa - é evidente que não podia marcar o penalty ao seu clube; bem basta o que se passou na Fiorentina - encontrou no ciclismo um homónimo à sua altura. Tem feito de tudo neste Tour para que Portugal se faça notado. Agostinho foi o maior de todos mas este Rui Costa fica muito bem no pódio ao seu lado."
José Manuel Freitas, in A Bola
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