"O Glasgow Rangers, histórico clube europeu, faliu, e desapareceu como tal. Parece haver um sucedâneo que começa da quarta divisão. Acabou o Old Firm, o mais antigo derby do mundo mas também devia também acabar a irresponsabilidade financeira. O risco existe, e não é só em pequenos clubes. Há grandes, alguns dos maiores, cuja situação é dramática.
Há bem pouco tempo, Rodrigo Nunes (Feirense), cheio de razão alertava para a «batotice financeira» existente. Os clubes, como os países, empresas e famílias têm que se adaptar à sua realidade económica. Em Portugal são 30 anos de cosméticos. Primeiros foram as bombas de gasolina a disfarçar os défices, depois alguns bingos pareciam ser o El Dourado, mais tarde com o advento das SAD, poucos ouviram sem se rir as sábias palavras de Alfredo Farinha.
E agora? Falir as SAD e começar da quarta divisão? No futuro muito próximo, ganhará desportivamente quem estiver mais sadio financeiramente. Na Europa do futebol o Bayern será cliente assíduo das finais e os irresponsáveis financeiramente vão arrastar-se por caminhos penosos. O dinheiro não é tudo e no futebol é bom que assim seja. O encanto está em ver pequenos e ganhar aos maiores, no fazer grandes equipas com menos recursos, não está no não pagar, no não cumprir e no aldrabar contabilidades.
Gostei até agora da pré-época encarnada. Este Benfica parece sólido e seguro, recheado de soluções mesmo sem contar com Rodrigo e Nélson Oliveira que ainda não se juntaram ao grupo.
Na passada quarta-feira vi poucos minutos de Ricardo Araújo Pereira e Pedro Ribeiro. Julgo que ainda é cedo para saber se têm lugar no plantel. Muito seguros no aquecimento, rápidos a bater palmas, mas preciso de ver o entendimento com Pablo Aimar para emitir um juízo definitivo. De qualquer forma, melhores que Thomas, Rojas e Escalona parece garantido."
Sílvio Cervan, in A Bola
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