"O novo presidente da Liga anunciou, no seu programa, a intenção de promover o aumento da I Liga para 18 clubes.
Em Portugal, a regra é sempre mudar a regra. A estabilidade da regra nunca foi uma norma, nem uma prática enraizada na nossa idiossincrasia. É assim nas leis do país, no sistema fiscal, nos currículos educativos, etc. Como diria Lampedusa, é preciso mudar algo para que tudo continue na mesma...
Sempre estive mais inclinado para a diminuição do número de clubes na I Liga do que para o seu aumento. Mas sei que o poder futebolístico não está para aí virado. Assim sendo, podemos vir a ter uma recidiva de inchamento. E com duas aventadas e impensáveis hipóteses.
A primeira é a da desvirtuação absurda das regras com que se iniciou o campeonato. Vai a coisa a meio e, pronto, já está: muda-se. É esta a Liga que uma organização estrangeira até considerou (algo estranhamente) a quarta mais competitiva do planeta? Espero, apesar de tudo, que não se vá por esse caminho, como subentendi de recentes declarações de Mário Figueiredo.
A segunda - se tal anormalidade for aprovada (tudo é possível...) - é poder haver festa na aldeia! Por outras palavras: ninguém desce... assim se consagrando um período de jogos entre solteiros e casados na segunda volta, estimulando certas manipulações e batotas de todo inconcebíveis e deixando certos estádios ainda mais às moscas!
Ao menos que haja uma qualquer poule, antes chamada, em espanholada expressão, de liguilha, por exemplo, entre os últimos dois classificados da primeira e desonrada Liga e os 3.º e 4.º da Liga ainda chamada de Honra..."
Bagão Félix, in A Bola
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