"Quantos de nós já pensámos, ouvimos, dissemos ou escrevemos que o SL Benfica é demasiado grande para Portugal? Tenho a certeza de que seremos muitos. E alguns de nós até já imaginaram uma Liga Europeia apenas com os melhores de cada país. Ou que o constante desrespeito pelo Glorioso até nos poderia levar a competir no campeonato espanhol - uma hipótese pouco provável mas que não deixaria de ser irónica para a liga portuguesa, essa fogueira (incêndio de enormes dimensões) de vaidades.
Pois é, o Sport Lisboa e Benfica não tem fronteiras. Nunca as teve. E isso esteve à vista em Cabo Verde na inauguração da Casa do Benfica na Cidade da Praia. Como já tinha sido bem claro nos EUA, durante a ICC da pré-temporada. Ou de cada vez que o Clube joga fora de casa nas competições europeias em qualquer modalidade. E não é de hoje, é de sempre.
O alcance do manto sagrado pelo mundo vem dos embates e das conquistas com algumas das melhores equipas da história do futebol, vem da década de 1960 e das seguintes, e vem ainda das digressões internacionais quando outros ainda nem tinham idade ou prestígio para andar de avião sozinhos. O que vimos em Cabo Verde (e eu já festejei um título por lá e sei do que falo) é o que se passa em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe ou Timor-Leste. Nestes países, o SL Benfica joga sempre em casa, e é mais do que justo que olhemos para fora, para estes adeptos que igualam e superam em paixão a distância desde o Estádio da Luz. Esta é, e sempre foi, a nota diferenciadora do Benfica - é abrangente, aglutinador e muito superior a qualquer delimitação fronteiriça ou temporal. Seja onde for!"
Ricardo Santos, in O Benfica
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