"O Benfica fez-se grande ao longo do tempo, no entanto é preciso saber parar. Não me refiro ao número de títulos ou adeptos, estou a falar do respeito para com os adversários. Casillas é um dos guarda-redes mais emblemáticos da história do futebol, contudo a homenagem prestada pelo Benfica no jogo com o Portimonense foi exagerada: o comunicado assinado por Luís Filipe Vieira tinha sido suficiente, não era necessário a equipa massacrar o miocárdio dos adeptos em jeito de homenagem ao guardião espanhol. Só eu tive de ser assistido por cinco vezes depois do golo dos algarvios, mas felizmente o Rafa, o Seferovic e o Jonas conseguiram reanimar-me e nem precisaram de usar desfibrilador.
O Benfica está a quatro pontos de fuzilar o fígado do meu pai. Se forem seis, talvez até eu consiga sobreviver para a festa. Bem sei que a reconquista parece estar perto, sobretudo por ter estado tão distante, mas ainda faltam 180 minutos de dificuldade extrema. Não me recordo de uma única vit´ria tranquila do Benfica em Vila do Conde. Nos últimos 20 anos, apenas por três vezes vencemos por mais de um golo de diferença no Estádio dos Arcos, e num deles o quarteto defensivo era composto por Ronaldo, Tahar, Paulo Madeira e Scott Minto.
Domingo tem de ser à Benfica. O Vlachodimos jogo ao lado de vários miúdos, mas já tem idade para sair: Ody, sem medos! Precisamos da serenidade do Ferro e da liderança do Rúben. Da lucidez do Almeidinhos e da astúcia do Grimaldo. Da finura do Florentino e da força do Samaris. Da criatividade do Pizzi e da agilidade do Rafa. Da arte do Félix e da destreza do Seferovic. Da magia do Jonas. Da inteligência do mister Lage. Da paixão das bancadas. De ser Benfica.
Todos contam."
Pedro Soares, in O Benfica
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