"O dia em que o discurso oficial contrastou com o mais puro sentimento das massas: o treinador do Benfica tentou refrear a euforia mas as gentes do Norte, sempre apaixonadas, mostraram que não pensam noutra coisa que não na conquista do 37.º título de campeão, que pode chegar já hoje se as águias fizerem mais pontos que o FC Porto. O quadro humano pintado ontem, na chegada da comitiva a Gaia, não é novo mas ganha relevância pela iminência das grandes decisões. Uma massagem gigantesca ao ego ou uma pressão acrescida a uma equipa que revelou alguma instabilidade no último jogo frente ao Portimonense (apesar da goleada) é uma questão pertinente mas que se dilui na exigência que se coloca ao Benfica de Bruno Lage. Sim, é verdade que a caminhada do técnico foi de trás para a frente (inclusive no primeiro jogo, em que esteve a perder por 0-2 frente ao... Rio Ave), passando de uma situação de menos sete pontos que o rival para vantagem de dois pontos, mas não é menos verdade que desde a vitória no clássico o Benfica jogou seis vezes depois de saber o resultado dos dragões contra apenas duas em sentido inverso e sacudiu a pressão com enxurradas de golos e um futebol positivo, somando nove jornadas consecutivas na liderança desde esse triunfo no Dragão. É por isso que está, agora, proibido de morrer na praia. Hoje, em Vila do Conde, o Benfica entrará em campo já conhecendo o resultado da Choupana. Serão 90 minutos intensos (independentemente do dos desígnios europeus o Rio Ave está em boa forma) que podem ou não fazer cair o pano sobre o grande vencedor. Feliz, ainda assim, o campeonato que só é decidido no fim."
Fernando Urbano, in A Bola
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