"Alguma coisa vai ter que mudar, certamente. Ainda há pouco vi mais um lance escandaloso a desmobilizar os festejos da equipa que tinha marcado um golo válido. O VAR só trouxe o aumento do arbítrio. Não trouxe mais rigor, nem transparência. A razão é simples: o VAR também é gerido pelo mesmo órgão, Conselho de Arbitragem, que designa os árbitros em função dos seus alinhamentos. Para não lhe chamar já outra coisa.
O poder do futebol não está no melhor treinador, na melhor equipa, na melhor organização. Está na arbitragem. Numa sociedade regrada poder é responsabilidade. Complementam-se. Daí que quando se assiste a um exercício de poder, parcial, persecutório, delitual, está aberto o canal para uma enxurrada de responsabilidade.
Defenderei, como sócio, que o Benfica, lesado por este poder degenerado da Arbitragem, pondere seriamente avançar com uma acção de responsabilidade civil contra o árbitro de ontem, mas não só. Também o presidente do Conselho de Arbitragem e os membros da Secção Profissional devem responder pelo estado deplorável a que chegou a arbitragem. Não se trata de discutir se o golo foi bem ou mal assinalado. Isso são outras questões técnicas. O que gostava de ver discutida é a intencionalidade do árbitro, a sua premeditação ostensiva, a sua privação quanto a critérios disciplinares.
E no rol de réus gostava de ver os referidos senhores dos gabinetes, para esclarecerem porque não exercem o poder disciplinador sobre um conjunto de apaniguados que infringem, sistematicamente, as regras em benefício do mesmo clube, que aparenta ter uma influência inquestionável no modo como o sistema de arbitragem serve os seus interesses.
A culminar, demandaria a própria Federação que permite, no seu seio, o funcionamento destes poderes contrários aos seus fins de utilidade pública desportiva. Diriam: o Benfica incorreria numa sanção por recorrer a tribunais estaduais para dirimir questões desportivas. A resposta é do foro constitucional: ninguém pode ser privado do acesso à justiça perante actividades delituosas. E é de delitos que estamos a falar. Continuados. Impunes. Poderiam retaliar com piores arbitragens, mas as más já temos garantidas. Quando o resultado das suas acções fosse sentido, com citações, horas de preparação de litígios, justificação de condutas, não apenas entre os pares, mas perante outros poderes imprevisíveis, talvez ponderassem em servir dignamente a arbitragem e o desporto. Sobretudo, quando isto se traduzisse em menos euros no bolso, talvez se lembrassem do código de ética e das leis do jogo.
Até lá olham para isso como a maioria de nós olha para o Código da Estrada."
Totalmente de acordo!!
ResponderEliminarAcho que é altura da direcção do Benfica ponderar estas medidas conjuntamente com alguns advogado de renome.
Obrigar os criminosos a sentarem-se em tribunal.