"Os portistas podem até dizer em balanço do fim de semana que é melhor perder com o primeiro do que com o último
Rui Vitória ganhou o clássico. Se há muito mérito na forma como Sérgio Conceição colocou o FC Porto a pressionar alto e não deixou o Benfica construir jogo na primeira parte, há todo o crédito de Rui Vitória como na segunda parte desmontou o lego portista e construiu uma vitória que só não foi tranquila porque Fábio Veríssimo arrancou uma expulsão anedótica (perdoando as do Maxi, Herrera e Otávio) a Lema. Ficámos sem Lema mas mantivemos o leme na rota da vitória.
Num jogo tranquilo para Vlachodimos, com zero defesas efectuadas, foi na batalha do meio campo, nas conquistas das segundas bolas, na alma de querer vencer que o Benfica conseguiu o êxito. No Benfica não se festejam jogos, festejam-se títulos e, por isso, foram apenas três pontos os que aconteceram na Luz.
Os portistas podem até dizer em balanço do fim de semana que é melhor perder com o primeiro do que com o último. Vistas as contas azuis e brancas ontem apresentadas na CMVM talvez estes três pontos sejam o menor dos problemas, mas essas não são contas do seu rosário.
Há muito a melhorar no Benfica, muito para vencer, muitas alegrias para alcançar, pelo que os outros (adversários) têm para mim interesse circunstancial.
Talvez por ser raro, queria deixar um aplauso pela educação, civismo e exigência interna das palavras de Frederico Varandas, numa altura de maus resultados (perdeu no futebol, voleibol, andebol, hóquei em patins) e instabilidade, onde seria mais fácil inventar uma manobra de diversão. Não sei se tem soluções para salvar o Sporting, mas, por agora, já mostrou ter educação e maturidade, que comparadas com o que existia o colocam no patamar do Olimpo.
O Benfica lidera novamente o campeonato, espera pela viagem à Sertã na Taça de Portugal e segue com exigência e rigor em busca dos objectivos da reconquista.
Referência final obrigatória para mais uma vitória na Supertaça de voleibol. Primeiro pela qualidade do adversário. Contra um Sporting recheado de estrelas houve um colectivo encarnado muito forte. Vi o jogo ao lado do professor José Jardim, a quem me ligam sabidos laços de amizade e consideração. No fim, na alegria da vitória, havia um destinatário desta conquista, como de todas as que temos conseguido anos a fio: Rui Mourinha, o presidente da secção. Embora não se visse no pavilhão, Rui Mourinha esteve lá sempre, em todos os serviços do Zelão, sempre que o Gaspar rematava ou quando o Ivo recebia e, por isso, a Supertaça é desse grande campeão."
Sílvio Cervan, in A Bola
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