"Quando, a 28 de Abril deste ano, o Benfica perdeu em casa com o Tondela (2-3) na 32.ª jornada da I Liga, parecia escrito nas estrelas que, ao fim de oito presenças consecutivas na fase de grupos da Champions, os encarnados teriam de resignar-se com a Liga Europa. O empate, em Alvalade, na ronda 33 acentuou essa ideia, já me bastaria ao Sporting, a seguir, passar no Funchal para poder lutar pelos milhões da Liga milionária. Entretanto, a casa verde e branca implodiu, a equipa de Jesus caiu com estrondo nos Barreiros, e o Benfica viu abrir-se o caminho que poderia levá-lo à terra prometida, num ano especial, com os prémios da UEFA a passarem para o dobro e a terem impacto extraordinário no orçamento de qualquer equipa portuguesa.
Ultrapassados Fenerbahçe e PAOK, o Benfica garantiu, além de uma montra de luxo, uma vantagem, grosso modo, de 100 milhões de euros sobre o Sporting - o que as águias arrecadam e o que os leões deixam de contabilizar - que pode alterar a correlação de forças no futebol português. Não tivesse Bruno de Carvalho crashado e fosse o Sporting a ficar com o pote de ouro, e provavelmente estaríamos perante uma conjuntura interna completamente diferente. Assim, Benfica e FC Porto têm meios para acentuar a diferença para o resto do pelotão, colocando-se em melhor posição para enfrentar qualquer futura evolução, mais elitista, da principal prova de clubes da UEFA.
PS - Como é cada um que, a cada desafio, constrói o seu destino, o Benfica soube sofrer, reinventar-se e cumprir o desígnio europeu que faz parte da sua matriz genética."
José Manuel Delgado, in A Bola
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