"O vendaval que varreu o Sporting a partir do momento em que Bruno de Carvalho zurziu jogadores e treinador, após a derrota frente ao Atlético de Madrid, teve um efeito de eucalipto no panorama noticioso e permitiu que os restantes clubes pudessem trabalhar em paz e sossego. Depois, a febre do Mundial atacou Portugal e logo que a turma das quinas abandonou a Rússia a campanha eleitoral do Sporting, que está na rua, e a transferência de Cristiano Ronaldo do Real Madrid para a Juventus, açambarcaram as atenções da opinião pública. Assim se explica que a actualidade do Benfica não tenha sido tão escrutinada como em anos anteriores, sendo que a época que agora começa se reveste de uma importância inusitada, em função das receitas (directas e indirectas) que uma participação na Champions League hoje representa. Relativamente a temporadas anteriores, o modus operandi dos encarnados (e do presidente) deve ser alterado. Se, antes, era razoável que o plantel estivesse fechado até ao fim do mercado, este ano o Benfica precisa de estar na máxima força a partir de 7 de Agosto, dia em que inicia a sua participação na terceira pré-eliminatória da liga milionária. O que significa que Rui Vitória deverá dispor dos jogadores, para trabalhar automatismos e rotinas, pelo menos até ao início da última semana de Julho. O que está em causa, para os encarnados, é demasiado importante para que não haja um esforço tendente à construção de uma equipa realmente competitiva a nível europeu. E, pelo que tem sido possível ver, ainda há algumas posições que necessitam de melhor apetrechamento. Tic-tac, tic-tac, o relógio não pára."
José Manuel Delgado, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!