Últimas indefectivações

sexta-feira, 13 de julho de 2018

A cruel espera

"Quase dois meses, oito semanas, 59 dias, 1 417 horas, 85 020 minutos, 5 101 200 segundos depois, ressuscitei. Este foi o intervalo de tempo que separou o Benfica - Moreirense da última época e o Benfica - FK Napredak da passada terça-feira. O substantivo feminino 'aleluia' foi inventado precisamente para ser empregado neste tipo de situações. É um termo com origens hebraicas, o que significa que também os hebreus eram benfiquistas. Somos mesmo gigantes. Durante este período não vivi, limitei-me apenas a sobreviver. Perdi o apetite, o rumo, a felicidade. Sem Benfica, o que é suposto fazer um homem sorrir? Desconheço a resposta, porque provavelmente não existe. O Campeonato do Mundo ajudou a combater esta angústia, embora tenha sido um auxílio manifestamente curto. A queda de Portugal foi um duro golpe. Afundou-me ainda mais na escuridão. Não pela eliminação, mas pelo final dos quinze minutos de treino aberto da selecção nacional onde era possível espreitar o Rúben Dias em acção.
O meu escape foi precisamente esse: acompanhar o que andavam a fazer os nosso craques. O Zivlovic, o Seferovic, o Salvio, o Ebuehi, o Carrillo, o Jovic e o Raúl estiveram no Mundial. O Pizzi recuperou energias no Dubai; o André Almeida, o Grimaldo, o Rafa e o Samaris descansaram em grupo na Grécia; o Jonas viajou até à terra natal, Taiuva; o João Félix entregou-se ao Fortnite.
Quem ficou ausente no Mundial teve tempo para renovar forças físicas e anímicas.
Quem esteve na Rússia também terá oportunidade para tal. Quanto a mim, ainda não gozei férias e nem sequer tenho intenção de o fazer neste ano. Prefiro acumular dias para gastar em Maio de 2019."

Pedro Soares, in O Benfica

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