"Esperemos que não, mas em cada dia que passa adensam-se as nuvens negras sobre Alvalade, prometendo uma tempestade de consequências imprevisíveis.
Hoje, a tal reunião que poderia marcar o dia D, caso houvesse, pelo menos, o bom senso de haver uma decisão final. A verdade é que tudo indica que a reunião termine em duas decisões que já estavam tomadas. Não apenas contraditórias, como inconciliáveis: a decisão da Mesa da Assembleia Geral, que avançara para uma reunião magna de sócios com vista à destituição de Bruno de Carvalho e do seu grupo resistente; e outra decisão, a do próprio presidente do clube, no sentido de não recuar um milímetro.
É um nó cego, que só se irá desfazer em convulsão e em perturbação. Com os dias em que lhe foram dados por Marta Soares, Bruno de Carvalho fez avançar os seus peões. Inácio está de regresso, com contrato prolongado, para se defender do que der e vier. O que ajuda a confirmar que Jorge Jesus está de saída. De facto, nem Bruno quer que ele fique nem Jesus aceitaria ficar com este presidente. Juntam-se os conhecidos processos judiciais, a prisão preventiva de vinte e três adeptos acusados de invadir Alcochete e agredir jogadores e técnicos do clube e, ainda,a ameaça de rescisões unilaterais de contratos.
Nestas dramáticas condições, a realização de uma assembleia geral assume, de facto, contornos muito perigosos. Quem lá for, não irá para ouvir, mas para se impor. A bem ou a mal.
Dificilmente se poderá esperar uma decisão democrática e muito menos uma decisão que evite que o clube fique partido em dois. Como já está."
Vítor Serpa, in A Bola
Cashball? Quê?? Nunca ouvi falar!!!
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