"O modelo de distribuição de verbas da Liga dos Campeões e da Liga Europa no ciclo 2018-21 está a preocupar a generalidade das ligas profissionais. O inevitável resultado deste modelo é fácil de antecipar: a criação de um regime de 'apartheid' económico entre as ligas de maior projecção internacional e as demais.
Os critérios de distribuição, de acordo com um ranking que beneficia um grupo restrito de clubes de um grupo restrito de ligas, constituem uma ameaça à maioria dos clubes europeus, conforme tem denunciado a Liga Portugal pela voz do seu presidente, Pedro Proença, tal como Javier Tebas, seu congénere espanhol.
Esta elitização do futebol europeu obriga-nos a redobrado trabalho na missão do reequilíbrio económico e financeiro, em conjunto com as restantes ligas membros da EL (European Leagues), de modo a recuperar modelos e critérios para o próximo ciclo 2021-24.
A manutenção do actual modelo votaria o futebol europeu a uma lenta asfixia económica, com danos irreparáveis na competitividade. É fácil encontrar exemplos de clubes da mesma competição nacional que, apurando-se ambos para a mesma competição europeia, receberiam valores absurdamente díspares em virtude da aplicação de um coeficiente histórico que não corresponde necessariamente ao seu desempenho desportivo actual.
O efeito sistémico de critérios que fomentam a elitização provoca 'terramotos' nas ligas nacionais, não só porque as mesmas perdem poder económico global face às ligas mais fortes, como, dentro das próprias ligas, aumenta o fosso entre os emblemas internos.
Esta será a missão da Liga Portugal e da EL nos próximos tempos: o equilíbrio competitivo é o garante de competições interessantes para os nossos adeptos e para a valorização do nosso desporto."
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