"Muito sinceramente, apesar de ser treinador e saber a importância que o nosso desempenho tem na prestação da equipa, vou a um estádio ver os jogadores, acima de qualquer outro agente. Quero ver um jogo bem jogado, emotivo, com lances de génio, daqueles que nos deixam surpreendidos. Isto só é possível com jogadores de nível superior. A festa que representa um jogo, ou que devia sempre representar, tem os jogadores como elemento central. Os outros agentes tem a sua importância e o seu espaço. Os treinadores são fundamentais para potenciar as capacidades dos jogadores, como também o modelo e estratégia da equipa. Os dirigentes devem criar condições para que seja possível atingir patamares competitivos mais elevados. Parte-se sempre do jogo para o negócio à volta deste, e não tratando o jogo exclusivamente como um negócio. Nunca nos devemos esquecer que o foco principal é o jogo. Também deve ser sempre lembrado que uma boa arbitragem é fundamental para a qualidade do jogo. Este factor, tantas vezes esquecido, nunca ser menosprezado. O desempenho da terceira equipa influencia a qualidade do jogo. Os jogadores precisam de todos estes agentes para proporcionarem um espectáculo com qualidade, mas também de público.
A sua prestação, no futebol profissional, ganha maior dimensão quando se joga com o estádio cheio. O ambiente em redor de um jogo é elemento de motivação insubstituível. As equipas ganham uma alma nova, vão buscar forças quando pensamos que estão completamente esgotadas. Fala-se muito nos aspectos motivacionais, este é para mim o mais importante. Estádio cheio.
Temos que trabalhar para que a nossa Liga tenha muito mais público, o que implica perceber que os agentes mais importantes para trazer pessoas aos estádios são os jogadores. Eles são o centro do jogo... e do negócio."
José Couceiro, in A Bola
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