"O que têm em comum Beethoven, Bach, Mozart, Vivaldi, Schubert e Chopin? A resposta é fácil: todos eles pertencem ao leque de mais talentosos compositores de todos os tempos. E para além disso, o que têm estes músicos em comum? A resposta é ainda mais fácil: nenhum deles foi capaz de conceber uma única melodia mais apaixonante e suave do que Jonas.
Aquilo que Jonas faz a cada fim de semana é humilhar estes pobres rapazes da música clássica. A 9.ª sinfonia de Beethoven não passa de um 'Chupa, Teresa' ao lado do golo de Jonas ao Chaves. Harmonia não é misturar drama e ternura numa partitura. Harmonia é ganhar espaço à entrada da área com uma subtil simulação e pontapear um objecto esférico contra um conjunto de redes protegidas por um privilegiado que assiste de bem perto a tamanha astúcia. Uma das singularidades da Língua Portuguesa é a sua riqueza flexível. A variedade e elasticidade de palavras que nos permitem dizer exactamente o mesmo da mais variada forma. Ainda assim - e apesar de ter percorrido dez vezes o dicionário à procura de resposta - não há uma palavra capaz de descrever Jonas. Uma! Mas o que é isto? Os cientistas da Linguística andam a dormir? Há quem se envergonhe de ser português devido à falta de transparência política. Eu tenho vergonha de ser português porque ainda ninguém inventou uma palavra que faça juz à genialidade de Jonas.
Deus é injusto. O que fez Krovinovic para merecer esta lesão? Se foi pelo egoísmo de não deixar os adversários tocaram na bola e passá-la só aos amiguinhos, eu assumo aqui publicamente que já cometi atrocidades bem piores. Senhor Deus, teria sido mais justo castigar os ligamentos do meu joelho. Eu preferia."
Pedro Soares, in O Benfica
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